Publicidade
Publicidade
Acusação de Hariri diz que telefonemas ligam suspeitos ao crime
Publicidade
DA REUTERS, EM BEIRUTE
Quatro suspeitos do Hezbollah envolvidos no assassinato de Rafik al-Hariri foram ligados ao ataque por evidências circunstanciais obtidas através de registros telefônicos, segundo a acusação formal publicada nesta quarta-feira depois de uma investigação de seis anos que polarizou o Líbano.
Os mandados de prisão para os homens foram emitidos em junho por um tribunal apoiado pela ONU (Organização das Nações Unidas), o que preparou o cenário para que o caso fosse à julgamento, mas nenhum dos quatro suspeitos foi detido por autoridades libanesas e o Hizbollah diz que eles nunca serão presos.
Os suspeitos são Mustafa Amine Badreddine, um membro importante do Hizbollah e cunhado do comandante do grupo assassinado Imad Moughniyeh, além de Salim Jamil Ayyash, Hussein Hassan Oneissi e Assad Hassan Sabra.
"Os quatro acusados participaram de uma conspiração com terceiros para cometer um ato terrorista para assassinar Rafik Hariri", diz a acusação de 47 páginas divulgada pelo Tribunal Especial para o Líbano, baseado na Holanda.
O grupo muçulmano xiita Hizbollah --que é apoiado pelo Irã e pela Síria-- negou qualquer papel no ataque a bomba em fevereiro de 2005 que matou Hariri, um bilionário político muçulmano sunita, e outras 21 pessoas em Beirute.
O assassinato mergulhou o Líbano em uma série de crises políticas e assassinatos que levaram aos confrontos em maio de 2008, e havia temores de que as acusações do tribunal da ONU pudessem reviver as tensões sectárias em um país que ainda traz as marcas da guerra civil, que durou de 1975 até 1990.
O Hizbollah, que é um movimento político e um exército guerrilheiro, derrubou o governo do filho de Hariri, Saad al-Hariri, em janeiro, depois que ele resistiu a pedidos para rejeitar o tribunal.
A acusação diz que Badreddine serviu como comandante da operação, enquanto Ayyash coordenou a equipe de assassinos. Oneissi e Sabra fizeram parte da conspiração e prepararam uma alegação falsa de responsabilidade.
A acusação de quarta-feira, que estava em parte redigida, dizia ainda que a análise de registros de comunicação mostrou "a presença de várias redes celulares interligadas envolvidas no assassinato de Hariri".
Ela identificou cinco redes, duas delas "cobertas", usadas apenas para fazer ligações para membros do mesmo grupo, e identificou-as por cores diferentes. A "rede vermelha", usada por membros da equipe que cometeu o assassinato, ficou "operacional de 4 de janeiro de 2005 até que cessou toda a sua atividade dois minutos antes do ataque, em 14 de fevereiro de 2005", dizia o documento.
+ Canais
- Acompanhe o blog Pelo Mundo
- Acompanhe a Folha Mundo no Twitter
- Acompanhe a Folha no Twitter
- Conheça a página da Folha no Facebook
+ Notícias em Mundo
+ Livraria
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice