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Conflito na Líbia se arrasta há mais de seis meses; saiba mais
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
A batalha entre os rebeldes oposicionistas e as forças leais ao ditador Muammar Gaddafi se arrasta na Líbia há mais de seis meses e custou a vida de milhares de pessoas.
A revolta, parte da Primavera Árabe que varreu vários países do norte da África, começou em fevereiro e foi esmagada com força por Gaddafi.
O ditador, contudo, não conseguiu conter a força dos rebeldes, que contaram com deserções em massa e o apoio de uma missão internacional da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
Nesta segunda-feira, os rebeldes oposicionistas líbios controlam a maior parte da capital Trípoli no que a comunidade internacional vê como sinal da queda iminente do ditador.
Os rebeldes enfrentam as forças do regime no nos arredores do complexo de Bab al-Aziziyah, quartel-general do ditador. Não há informação confirmada, contudo, do paradeiro de Gaddafi.
Veja a cronologia do conflito
FEVEREIRO
15, 16 - Começam as primeiras revoltas na Líbia. Dois mil manifestantes protestam em Benghazi (reduto da oposição) por causa da detenção do ativista de direitos humanos Fethi Tarbel, que pedia a libertação de prisioneiros políticos, segundo o jornal "Quryna". Há 38 feridos e, em Al Baida, morrem duas pessoas.
17 - Os protestos se espalham no chamado "dia da cólera", o quinto aniversário da morte de manifestantes por forças de segurança diante do Consulado da Itália em Benghazi. O Exército começa a utilizar munição real. Segundo o canal árabe Al Jazeera, há 14 mortos.
19 - O Exército dispara em Benghazi contra os manifestantes e são registrados confrontos em Musratha, a 200 quilômetros de Trípoli.
21 - Os opositores controlam Benghazi e Jalu, e alguns membros do Exército começam a desertar. Há ainda a primeira deserção de um membro do regime: o ministro da Justiça, e os imames das mesquitas convocam todos à luta.
22 - Gaddafi diz que não deixará o poder e que está disposto a morrer. A fronteira com o Egito fica sob controle dos opositores, enquanto se inicia o isolamento internacional de Gaddafi --A Liga Árabe suspende a participação da Líbia em suas reuniões.
23- Um membro líbio do Tribunal Penal Internacional avalia em 10 mil o número de mortos desde o início dos protestos.
24 - Milícias rebeldes controlam Misrata depois de expulsar as forças leais a Gaddafi.
26 - A ONU aprova sanções contra Gaddafi, bloqueia seus bens no exterior e impõe o embargo de armas. A oposição anuncia a criação de um Conselho Nacional de Transição (CNT), que se autodeclara único representante do povo líbio em 5 de março. Cem mil refugiados fogem para as fronteiras com Tunísia e Egito.
28 - A União Europeia (UE) aprova sanções e os Estados Unidos congelam os ativos de Gaddafi e de sua família e pede ao Tribunal Penal Internacional que avalie a situação na Líbia.
MARÇO
2 - Gaddafi ameaça com "milhares de mortos" se os EUA ou a Otan entrarem na Líbia.
3- O Tribunal Penal Internacional anuncia que averiguará Gaddafi e outros membros de seu regime por supostos crimes contra a humanidade.
9 - Tropas pró-governo reconquistam Al Zawiyah e os rebeldes reivindicam ajuda internacional.
10 - As tropas de Gaddafi lançam uma grande ofensiva contra os rebeldes em Ras Lanuf. A França reconhece o CNT como representante legítimo do povo líbio. No dia seguinte, a Líbia suspende relações diplomáticas com o país.
11 - A UE considera um "interlocutor político" o rebelde Conselho Nacional de Transição.
12 - A Liga Árabe reconhece o comando rebelde.
16 - Forças de Gaddafi se aproximam de Benghazi e o filho do ditador, Saif al-Islam, diz que tudo estar´´a acabado em 48 horas.
17 - A ONU aprova a resolução 1973 para tomar "todas as medidas necessárias" para proteger a população civil e impor uma zona de restrição aérea no país, embora exclua a intervenção em solo líbio.
19 - Após a Cúpula de Paris, começa a intervenção militar com os primeiros ataques contra as forças de Gaddafi perto de Benghazi e alvos do seu sistema de defesa antiaérea. Um dia depois, uma área de exclusão aérea é imposta.
21 - A força internacional bombardeia Trípoli, destrói um prédio do palácio de Gaddafi e consegue que suas tropas se retirem em Benghazi.
22 - Divergências na Otan sobre seu papel nas operações, comandadas pelos Estados Unidos. Fica acertado o uso de meios navais para aplicar o embargo de armas.
27 - A Otan assume as operações.
28 - Qatar se torna o primeiro país árabe para reconhecer os rebeldes líbios como representante legítimo do povo.
29 - Na Conferência Internacional de Londres, fica acertada a criação de um grupo de contato de 40 países e organizações para coordenar os esforços na Líbia.
30 - O ministro de Relações Exteriores líbio, Moussa Koussa, deixa o país rumo ao Reino Unido.
ABRIL
7 - Um ataque aéreo da Otan causa 50 mortos em Brega.
10 - A Otan empreende a maior ofensiva em três semanas na qual morrem dezenas de homens leais a Gaddafi em Ajdabiya.
19 - A ONU consegue abrir um corredor humanitário.
25 - A Otan bombardeia o complexo residencial de Gaddafi em Trípoli.
30 - A Otan bombardeia de novo instalações de Gaddafi, que assegura que matou seu filho mais novo e três netos.
MAIO
8 - As tropas de Gaddafi prosseguem seus ataques em todas as frentes abertas sobretudo em Misrata onde, segundo a Anistia Internacional, podem constituir crimes de guerra.
16 - O Tribunal Penal Internacional solicita uma ordem de detenção contra Gaddafi, seu filho Saif por supostos crimes contra a humanidade.
24 - Um novo ataque da Otan em Trípoli, o maior desde o início de suas operações, causa 19 mortos e 150 feridos, todos civis.
28 - A Otan ataca à luz do dia as cercanias do palácio de Gaddafi. Onze pessoas morrem, segundo o regime.
JUNHO
7 - Os rebeldes asseguram ter tomado Yafran, a cem quilômetros de Trípoli, cidade que permanecia desde o início do conflito nas mãos das forças de Kadafi.
JULHO
1 - Cerca de 1,2 milhão de pessoas fugiram desde o inicio do conflito.
18 - Os rebeldes assumem o controle do bairro oriental de Brega, após cinco dias de combates.
AGOSTO
9 - Oitenta e cinco civis morrem em uma incursão aérea da Otan a leste de Trípoli.
10 - A UE aprova formalmente a quinta rodada de sanções contra Trípoli.
20 - Os rebeldes anunciam estar às portas de Trípoli, após ter tomado Brega e a refinaria de Zawiyah, as principais fontes de energia do regime.
21 - A Otan bombardeia o quartel-general de Kadafi e um aeroporto em Trípoli. Os rebeldes, que já controlam ao menos 90% da cidade, enfrentam as forças leais a Gaddafi no complexo de Bab al-Aziziyah, quartel-general do ditador.
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