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Morales acusa EUA de apoiarem marcha indígena contra estrada
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DA ANSA, EM LA PAZ
O presidente da Bolívia, Evo Morales, acusou a Embaixada dos Estados Unidos em La Paz de promover uma marcha de representantes indígenas contra a construção de uma estrada que irá dividir a maior reserva florestal boliviana.
Ele embasou a denúncia, feita ontem na televisão estatal, em um registro de conversas telefônicas dos meses de junho e julho entre os dirigentes indígenas e o funcionário da embaixada Eliseo Abelo, dizendo que hoje pediria explicações à representação diplomática norte-americana sobre o caso.
O mandatário também revelou que analisaria o papel da USAID (Agência Internacional para o Desenvolvimento dos Estados Unidos) dentro do país, já que suspeita de terem, assim como a embaixada, incentivado a marcha.
Morales disse que já em 2005 a representação diplomática dos Estados Unidos tinha planos de enfrentar os produtores da folha de coca e os camponeses com o auxílio dos indígenas provenientes da região conhecida como "tierras bajas".
O presidente ainda reiterou sua negativa em dialogar pessoalmente com o setor indígena, descartando modificar o projeto que motivou o conflito. O secretário da Presidência, Carlos Romero, foi indicado para negociar com os manifestantes.
Os indígenas são contra a construção de uma estrada que irá dividir o Parque Nacional Isiboro Sécure. Os aproximadamente 90 mil indígenas das etnias yuracaré, moxeño, chimane e trinitaria que moram no parque nacional e vivem da caça e da pesca temem que a rodovia destrua suas culturas e seu habitat.
O projeto tem custo de US$ 410 milhões (cerca de R$ 654 milhões), dos quais US$ 350 milhões (cerca de R$ 558 milhões) foram concedidos pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) do Brasil, e sua construção está a cargo da empreiteira brasileira OAS, que venceu a licitação em 2008.
A marcha, que teve início no dia 15, é composta por cerca de 1.200 pessoas, entre elas muitas mulheres e aproximadamente 100 crianças, e percorrerá 600 km até a capital boliviana, onde deve chegar após aproximadamente um mês de caminhada.
Morales, o primeiro presidente na história do país de origem indígena, afirmou que expulsaria do parque os assentamentos ilegais que se estabeleceram na região durante os últimos anos, mas que sua gestão tentará preservar a riqueza natural do local.
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