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02/09/2011 - 14h42

Veja 11 pontos de segurança que poderiam ter evitado os ataques

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DE SÃO PAULO

Após os ataques de 11 de setembro de 2001, uma comissão foi instaurada para investigar os fatos que levaram à morte de cerca de 3.000 pessoas.

O Relatório final da Comissão Nacional sobre Ataques Terroristas contra os Estados Unidos, de 2004, apontou falhas no sistema de segurança dos Estados Unidos e em sua estrutura em geral.

Veja os 11 pontos fracos apontados pela comissão como fatores que poderiam ter mudado a história americana neste dia fatídico.

1. Ameaças subestimadas

Extremistas islâmicos já haviam alertado que queriam matar um grande número de americanos. Ainda assim, o assunto não era foco de debate. Em 4 de setembro, Richard Clarke, responsável na Casa Branca pela coordenação do combate ao terrorismo, afirmou que ainda não sabiam responder se a rede terrorista Al Qaeda era importante.

2. Falta de medidas anti-terror

O terrorismo não era centro de preocupação na política americana e mal havia sido mencionado durante a corrida eleitoral. Mesmo a invasão do Afeganistão como forma de combate ao terrorismo era impensada antes dos atentados.

3. Capacidade limitada

Os EUA tentaram dissolver a Al Qaeda com as ferramentas que tinham na Guerra Fria, o que se mostrou insuficiente. A CIA (agência de inteligência americana) tinha capacidade mínima para operações paramilitares e o Departamento de Defesa também não se engajou na missão de acabar com a Al Qaeda.

4. Falta de comunicação e integração

As agências não se comunicavam e oficiais não podiam rastrear todo o conhecimento sobre a Al Qaeda e seus membros em diferentes órgãos do governo para planejar operações conjuntas.

5. Diplomacia malsucedida

O governo americano realizou uma série de tentativas para pressionar países árabes a expulsar a Al Qaeda e outros terroristas. Desde 1997, por exemplo, os EUA tentaram persuadir o regime do Taleban no Afeganistão a expulsar Bin Laden. Os esforços falharam.

6. Falta de opções no setor militar

As Forças Armadas prepararam uma opção limitada para atacar a Al Qaeda em maio de 1998, respondendo a pedido das autoridades. As alternativas apresentadas frustraram. A administração de Bush (2001-2009) começou a desenvolver novas políticas contra a rede terrorista em 2001, mas os planos não ficaram prontos a tempo.

7. Problemas dentro do setor de inteligência

O setor penou desde os anos 90 para coletar informações e analisar o fenômeno do terrorismo internacional. Burocracia, numerosas prioridades, orçamento apertado foram alguns dos entraves. Além disso, o material recolhido não era convertido em ação contra o fenômeno.

8. Problemas específicos no FBI

A partir de 1993, quando houve o primeiro ataque ao WTC, o FBI aumentou a preocupação com o terrorismo. O FBI tentou realizar mudanças internas para prevenir os ataques, mas continuou limitado em estratégias para prevenir atentados terroristas.

9. Falhas na imigração

Os sequestradores dos aviões possuíam passaportes fraudulentos e sinais de extremismo, apresentaram informações falsas no requerimento dos vistos e aos oficiais de fronteiras e violaram leis de imigração dentro dos EUA. Os departamentos responsáveis, porém, não eram considerados parceiros no combate ao terrorismo e o controle de fronteira não era visto como questão de segurança nacional.

10. Segurança do setor aéreo

Os terroristas estudaram informações públicas sobre o sistema de segurança aéreo e levaram armas dificilmente detectáveis na época pelos aparelhos antimetal. Dois deles estavam na lista de terroristas dos EUA, mas o aeroporto não tinha acesso a ela. Já no avião, os funcionários eram treinados a não reagir.

11. Sistema financeiro

Os atentados custaram entre US$ 400 mil e US$ 500 mil para serem executados. Os terroristas gastaram mais de US$ 270 mil nos EUA. A conspiração usou muito os bancos americanos e os participantes tinham contas com os próprios nomes. Como os números não eram altos o suficiente para chamar a atenção, as movimentações passaram despercebidas.

 

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