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03/09/2011 - 08h24

Rússia critica sanções da UE contra regime sírio

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Rússia condenou nesta sábado o embargo imposto pela UE (União Europeia) sobre o petróleo da Síria.

"Sempre dissemos que as sanções unilaterais não levam a lugar algum. Isto destrói o enfoque de parceiros perante qualquer crise", disse à imprensa o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.

As sanções "poucas vezes resolvem algo", ressaltou Lavrov, que deu estas declarações em Duchambe, capital do Tadjiquistão, onde participa de uma cúpula da pós-soviética Comunidade dos Estados Independentes.

Desde o começo da crise na Síria, a Rússia, assim como a China, se opôs de maneira terminante a qualquer tipo de sanções contra o regime de Bashar al Assad.

SANA/Associated Press
O ditador sírio Bashar Assad (à esq.) recebe o apoio do representante da Rússia Mikhail Bogdanov (à dir.)
O ditador sírio Bashar Assad (à esq.) recebe o apoio do representante da Rússia Mikhail Bogdanov (à dir.)

As sanções da UE incluem a proibição da compra, importação ou transporte desde a Síria de petróleo e derivados, assim como a imobilização de capitais e recursos econômicos de pessoas e entidades que se beneficiem do regime ou que lhes emprestem apoio.

PETRÓLEO

O embargo estipulado pela UE ao petróleo procedente da Síria entrou em vigor neste sábado junto a outras sanções a empresas do regime do ditador Bashar al Assad, a fim de aumentar a pressão política e econômica pela violenta repressão empreendida no país.

As medidas foram publicadas hoje no Diário Oficial da UE e incluem a "proibição da compra, importação e transporte desde a Síria de petróleo cru e produtos petrolíferos", assim como a imobilização de capitais e recursos econômicos a novas pessoas e entidades que se beneficiem do regime ou que lhes emprestem apoio.
Este novo regulamento "deverá entrar em vigor imediatamente". Mas a Itália conseguiu abrir uma exceção porque tem contratos já assinados, que poderão ser cumpridos até 15 de novembro.

Com esta sanção, os 27 países do bloco comunitário pretendem reduzir os meios de financiamento do regime de Assad, que vende 95% de seu petróleo à Europa.

No entanto, para a UE a medida não representa um grande impacto, já que o petróleo sírio soma apenas 1,5% do total das importações (só Espanha, Alemanha, Itália, Holanda, França e Áustria compram petróleo da Síria).

A UE publicou hoje em seu Diário Oficial a identidade das quatro pessoas -- todas elas de nacionalidade síria -- e das três entidades que passam a engrossar a lista de aliados de Assad aos quais se proíbe viajar a solo europeu, além de terem seus ativos congelados.

Anteriormente, a UE já havia sancionado 50 pessoas vinculadas ao regime, incluindo o presidente, e mais de dez empresas e entidades próximas ao governo, além de impor um embargo de armas e de materiais utilizados para a repressão.

 

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