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Oposição do Uruguai quer campanha por reforma educacional
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DA ANSA, EM MONTEVIDÉU
O Partido Colorado, opositora ao governo uruguaio de José Mujica, encaminhará uma campanha de coleta de assinaturas para promover mudanças no sistema educacional do país caso sua bancada não consiga aprovar o pacote no Legislativo.
Segundo o líder da legenda, Pedro Bordaberry, houve "um acordo há um ano e meio e nada foi tratado". "Se antes do fim do ano não se aprovarem as medidas, no ano que vem sairemos para juntar assinaturas para que as pessoas se pronunciem", afirmou.
Entre as principais reformas no setor que os colorados defendem está a instalação de uma universidade pública no interior do país, que seria a segunda no Uruguai, a revogação da atual lei de educação, a criação de um instituto de avaliação de todos os níveis de educação e o controle de gastos "supérfluos" no sistema.
Bordaberry também citou a proposta de estabelecer um mínimo de 200 aulas por ano. Atualmente, as instituições de ensino uruguaias são obrigadas a dar no mínimo de 150 a 160 aulas por ano.
Já foram apresentados no Parlamento três projetos para a criação de uma universidade, mas até hoje não houve debate sobre o tema.
O Partido Colorado também quer coletar 250 mil assinaturas para convocar um plebiscito para reduzir a maioridade penal no Uruguai, que hoje é de 18 anos. A campanha conta com apoio de um setor do Partido Nacional, também de oposição conservadora, que já reuniu 210 mil assinaturas.
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