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17/10/2011 - 09h26

Justiça de Israel estuda recursos contra troca de presos

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Israelenses contrários ao acordo de troca de prisioneiros com o Hamas buscaram a intervenção da Suprema Corte nesta segunda-feira para bloquear a libertação de centenas de palestinos presos em troca do soldado israelense Gilad Shalit.

O tribunal escutará as apelações de vítimas do terrorismo e de suas famílias para impedir a libertação de mais de 400 réus palestinos na terça-feira em troca de Shalit. As objeções particulares e de associações de vítimas é o último empecilho legal para que o acordo seja cumprido.

A primeira fase da troca, que está programada para acontecer na terça-feira, deve encerrar uma saga que tem cativado os israelenses durante os cinco anos em que Shalit esteve preso na faixa de Gaza, região governada pelo Hamas.

Mas de acordo com a legislação israelense, aqueles que forem contra a ação podem recorrer antes que a troca seja realizada. Quatro petições foram apresentadas pela Associação de Vítimas do Terror de Almagor e por parentes dos israelenses mortos por ataques palestinos.

A organização pediu uma ampliação do prazo legal de 48 horas para que os recursos possam ser apresentados, pedido que será respondido nesta segunda e possivelmente negado.

A expectativa é de que a Corte também rejeite outras demandas: uma de Almagor, que apresentará como testemunhas militares na reserva para argumentar que o acordo é perigoso para a segurança do Estado, e três reivindicações individuais de familiares de vítimas de ataques terroristas e uma moradora de Jerusalém que considera que a libertação em massa de presos provocará uma onda de atentados.

Considerando recursos semelhantes apresentados contra acordos de troca de prisioneiros no passado, é improvável a intervenção do tribunal no que a corte considera ser um assunto político e de segurança.

Vários dos afetados também entraram com ações civis de pagamento de danos e prejuízos em tribunais locais contra réus que serão libertados, com a pretensão de que sejam impedidos de sair do país.

Noam Shalit, pai do soldado Shalit, pediu para estar presente na audiência dos recursos no Supremo e afirmou que "qualquer atraso na implementação do acordo, por menor que seja, pode ser fatídica e causar um dano irreparável" a seu filho.

Uma pesquisa de opinião realizada pelo jornal israelense "Yedioth Ahronoth" aponta que 79% do público é a favor do acordo com o grupo Hamas.

Entre os participantes da pesquisa, 53% afirmam que o governo israelense deixou de lado alguns de seus princípios para firmar o acordo, enquanto 20% pensam que o Hamas fez mais concessões que o Estado judeu.

O Hamas preparou uma festa de boas vindas em Gaza para 295 prisioneiros que devem ser enviados ao território. Os palestinos os consideram irmãos detidos por Israel como prisioneiros de guerra na luta por um Estado palestino. Atualmente, Israel mantém cerca de 6 mil palestinos presos.

Shalit, hoje com 25 anos, foi capturado em 2006 por militantes que chegaram a Israel da faixa de Gaza por meio de um túnel e surpreendeu sua equipe de tanques, matando dois outros soldados.

 

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