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01/04/2010 - 02h30

Educação, BBB, IPI, Clima, Igreja, Idosos

da Folha Online

Educação

"O artigo de Arnaldo Niskier 'A Suécia de olho no Brasil' ('Tendências/Debates', 29/3) é de uma clareza e simplicidade escandinavas.
Quais são as funções básicas da universidade naquele país? 'Formar cientistas, pensadores e professores', escreve Niskier. A conclusão é óbvia: na universidade, a qualidade do ensino, dos professores e dos alunos, deve ser a mais alta possível, pois ali repousa o embrião do futuro de um país.
No Brasil, cumpre às faculdades técnicas a formação de nossos profissionais para a execução de serviços de alta complexidade, utilizando as tecnologias disponíveis da melhor forma, a fim de garantir nosso desenvolvimento. A expansão de nossas fronteiras tecnológicas, de pensamento e de educação, dependem, principalmente, dos resultados que forem conseguidos em nossas universidades. Considerando que são poucas as que podem assumir de fato esse papel de formação de pesquisadores, especuladores e professores de alto nível, o caminho seria escolher algumas, ou partes delas, para constituírem nossos institutos do saber. E transformar as que realmente podem, após fechar as fornecedoras de diplomas à prestação, em faculdades técnicas, deixando as pesquisas para os doutores dos novos institutos do saber. Seria uma espécie de Plano Real para eliminar a inflação de títulos de PHD e de pesquisas de baixo nível que acometem a nação e nos confundem com conclusões e propostas bem pouco fundamentadas. Isso acontece, principalmente, em pesquisas e teses nas quais os instrumentos de validação das ciências exatas pouco penetraram."

EDUARDO JOSÉ DAROS (São Paulo, SP)

*

"Concordo com o pesquisador da USP Naercio Aquino ('Bônus melhora aula e reduz falta, diz pesquisador', Cotidiano, 30/3).
Os professores do Estado são acomodados, pois eles só trabalham cinco manhãs e três tardes em sala de aula (40 aulas). Suas turmas são de apenas 40 alunos por sala, o que dá um total de 800 alunos por semana. Quem não consegue preparar aulas criativas para 800 alunos, corrigir provas e trabalhos em duas tardes? Afinal, ainda tem o período noturno. O que o professor faz nesse período? Quer ficar com a família? Cuidar de si e da casa? É muita folga!
O professor reclama que os salários estão defasados e as escolas sucateadas. Ora, R$ 1.800 por 40 aulas está muito bom. Depois de 20 anos deste trabalho, o professor, se não faltar, não ficar doente e ainda cursar o mestrado e o doutorado, receberá R$ 3.500. Não está bom? O vale-alimentação de R$ 2,00 por dia é muito pouco? Está muito bom. Comer muito engorda. E um bônus de R$ 2.000 por ano não é suficiente para incentivar a criatividade? Francamente, é evidente que é uma greve política."

CARLOS ROBERTO DE OLIVEIRA (São Paulo, SP)

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BBB

"A vitória do valentão Marcelo Dourado no BBB é a vitória da homofobia, da intolerância, do machismo, da violência, da burrice, da discriminação à mulher --a segunda colocada saiu com R$ 150 mil, uma quantia bem abaixo de R$ 1,5 milhão ao primeiro colocado. Mas que ninguém se engane. Afinal, o BBB é a cara da Globo."

RENATA RODRIGUES (São Paulo, SP)

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"Impressionante como o número de votos anunciados pela Rede Globo no BBB é inversamente proporcional à audiência registrada pelo programa. A cada ano que passa o reality show fica mais maçante e seu Ibope despenca sensivelmente, mas mesmo assim a emissora insiste em anunciar números grandiosos, como os 154 milhões de voto na final da última edição. Vai entender."

GABRIEL HENRIQUE SANTORO (São Paulo, SP)

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IPI

"Terminou a redução do IPI incidente sobre os automóveis. Considerando que temos uma das mais altas cargas tributárias do planeta e os nossos governantes, de todos os partidos, só sabem aumentar os impostos e não sabem controlar suas despesas, seria um exercício de cidadania que todos os potenciais compradores de automóveis não o fizessem por pelo menos o restante de 2010. Tenho certeza, por ser um setor altamente sensível, que medidas salutares seriam tomadas."

ANTONIO JULIO AMARO (São Caetano do Sul, SP)

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Clima

"Contratados a peso de ouro pela poderosa Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, os céticos do clima, o sueco e estatístico Bjorn Lomborg e o climatologista americano Pat Michaels, vieram para dar palestras aos ruralistas mais ricos do país, estudantes ligados ao agronegócios, empresas de tecnologia e transgenia. Todos querem ouvir o que eles têm a dizer, principalmente que irão estrelar um documentário que rebate o aquecimento global do dr. Al Gore, 'Uma Verdade Inconveniente'.
Poderão mostrar tudo o que quiserem, só não mostrarão o degelo no Ártico, onde já se pode atravessar a Groelândia de barco, os icebergs que se desprendem da Antártida, as neves que sumiram do Kilimanjaro e dos Andes. O Himalaia também está passando pelo degelo; nos Pirineus, a mesma coisa.
Tudo isso provocado por um 'bicho' chamado 'homem', onde suas ações gananciosas, imediatistas, acabando com as florestas para colocar as commodities a todo custo, estão provocando as catástrofes como as mudanças climáticas do relatório Stern, onde o lord Nicholas Stern, que esteve em São Paulo, disse que a continuar o degelo nos polos nada mais germinará no planeta Terra, que será aquecido de mais 2 graus Celsius. Daí só nos resta seguirmos para o Juízo Final. Pena que eu não tenho oportunidade de estar lá para fazer a defesa do lord Nicholas Stern, de quem sou um multiplicador de sua causa. Somente poderemos mudar os rumos das mudanças climáticas educando os 6,8 bilhões de seres humanos para a paz, saúde, tecnologia e sustentabilidade. Caso contrário, pereceremos todos asfixiados pelo lixo urbano e sedentos de sede por água potável. Quem sobreviver verá. Os céticos são falso profetas, cobram a peso de ouro e não resolverão a situação do combalido planeta Terra."

JOSE PEDRO NAISSER (Curitiba, PR)

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Igreja

"O que seria da espécie humana se tivéssemos que conviver, até hoje, com tradições das mais variadas naturezas, inclusive com aquelas que envolviam sacrifícios de crianças e pessoas portadoras de deficiência? As tradições existem, obviamente, como forma de respeito à cultura e à história de um povo ou de um grupo específico, mas a partir do momento em que esta mesma tradição passa a se chocar com direitos de maior jaez, há a necessidade de revê-la.
É o que ocorre atualmente com o celibato. Embora o cardeal Walter Kasper insista que o celibato não passa de uma velha tradição católica e, por esse motivo, não ostente relação com os inúmeros casos de pedofilia na Igreja Católica revelados recentemente, não há mais como afastá-lo, de modo absoluto, de tais atos infames. O alcance da pureza espiritual necessária para professar a religião católica não mais demanda a defesa tão árdua de uma 'velha tradição', principalmente quando, em nome da intangibilidade desse discutível costume, são praticadas condutas criminosas com o escopo de saciar a própria natureza humana."

CAMILA PINTARELLI (Limeira, SP)

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Idosos

"Ao longo de meus 67 anos vi tantas regras e leis que foram impostas aos brasileiros. Muitas importantes, outras nem tanto. Mas nestes últimos dias estou estarrecido com a norma baixada sobre estacionamento para idoso, onde estou sendo surpreendido, nos locais reservados, com uma advertência por estar ocupando a vaga de um idoso, e que para utilizá-la terei que possuir um documento específico. Dos absurdos que já vi e passei este é um dos mais grotescos! Como pode alguém com 67 anos, portando RG, documento oficial em todo território brasileiro, ter que apresentar um outro documento para provar que é idoso?"

ANGELINO COLAUTTO (Osasco, SP)

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