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Ensino religioso, corrupção e segurança
DE SÃO PAULO
Ensino religioso
Sou ateu e meu filho, então com sete anos de idade, chegou em casa da escola pública sabendo o pai-nosso de cor, apesar de nunca ter entrado em uma igreja católica na vida. As pessoas com quem comentei o acontecido, na sua maioria católicas, acharam que não havia problema algum até eu fazer a seguinte pergunta: e se seu filho chegasse em casa e afirmasse que Deus não existe, e que tinha aprendido isso na escola? Acharam um absurdo. Não sou contra o ensino religioso. Sou contra o ensino religioso em escola PÚBLICA. É bem diferente.
MARCELO FRIEDERICKS (Embu-Guaçu, SP)
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O Estado não é laico? Esse artigo da Constituição, em que faculta o ensino religioso nas escolas públicas, jamais deveria ter sido produzido. É uma afronta ao livre arbítrio. As religiões tiveram sua importância há muito tempo atrás, hoje já não possuem quase importância no convívio entre as pessoas. Isso tudo é misticismo. O estudo deve ser baseado na ciência, que realmente nos trouxe até aqui, não em hipóteses absurdas do além.
TIRONE TODESCHINI (Curitiba, PR)
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Considero equivocado o debate com relação ao ensino religioso. Se o objetivo da disciplina é formar melhores cidadãos, evidentemente não será por meio do estudo religioso que se obterá esse resultado. O equívoco na nomenclatura da disciplina e as discussões polarizadas entre o dever ou não do ensino religioso se tornarão mais cristalinos quando se definir a neutralidade e o nome real da disciplina: ética.
Ainda, se o desejo é formar seres humanos de melhor qualidade, numa educação humanista voltada para o respeito ao outro e suas diferenças, então conclui-se que esses quesitos não pertencem essencialmente ao ensino religioso. Mas sim a uma educação pautada pela construção do caráter.
ÂNGELA LUIZA S. BONACCI (São Paulo, SP)
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Corrupção
Ao dizer que se a população de Brasília tivesse conhecimento do vídeo em que Jaqueline Roriz, filha do ex-governador Joaquim Roriz, aparece recebendo dinheiro do mensalão do DEM ela não seria eleita, o presidente da OAB, Francisco Caputo, demostrou desconhecer totalmente os resultados prováveis e improváveis que podem sair de dentro das urninhas eletrônicas do TRE. Se fosse assim, hoje não teríamos no Congresso os deputados Paulo Maluf, João Paulo Cunha, Valdemar Costa Neto, o senador Renan Calheiros e outros mais.
LEÔNIDAS MARQUES (Volta Redonda, RJ)
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Opus Dei
Quero protestar contra esta Folha sobre a maneira como trata a relação do governador Geraldo Alckmin com o Opus Dei. Não vejo o mesmo acontecer com políticos que são ateus, agnósticos, judeus, islâmicos, etc. Por que esse preconceito contra uma instituição da Igreja Católica?
MARIA DO ROCIO BARSZCZ (Campo Largo, PR)
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Emir Sader
Causam-me espanto a parcialidade e a agressividade da Folha contra o intelectual Emir Sader. Desde a queda do Muro de Berlim não via uma linguagem de ataque frontal "aos comunistas" (sic) nem uma distorção tão profunda das palavras e projetos. E basta acessar o blog do Emir para conhecer suas ideias e intenções.
Afinal, quem tem tanto medo do debate? Por acaso o peso dos fardões acadêmicos é demasiado para suportar as incertezas e os questionamentos do século 21?
INGRID SARTI (Rio de Janeiro, RJ) I
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Segurança
Nós estamos em risco permanente. Querem nos fazer acreditar que apenas câmeras de televisão espalhadas pelas cidades e estradas são suficientes para garantir um aumento na nossa segurança. Trata-se de um auxiliar poderoso, mas não basta. Como exemplo, podemos olhar para o que acontece nas estradas.
Uso com frequência a rodovia dos Bandeirantes e já testemunhei barbaridades: motoristas de caminhão-cegonha vazios tirando racha na madrugada, carretas trafegando a 120 km/h ou mais e, enquanto tudo isso acontece, ficamos assustados com "acidentes" onde caminhoneiros assassinam 26 pessoas.
Na rodovia Luiz de Queiroz, nas proximidades de Piracicaba, ocorreram três acidentes na última semana provocados por caminhões em excesso de velocidade, sendo que em um deles tivemos duas vítimas fatais. Na cidade de São Paulo, o trânsito sofre com as frequentes batidas provocadas por caminhões nas marginais e no Rodoanel.
Bastam as câmeras? E a vigilância policial?
GIL MARCOS FERREIRA (Piracicaba, SP)
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