Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

31/08/2012 - 20h55

O horário eleitoral no rádio e na TV deveria continuar sendo obrigatório?

DE SÃO PAULO

Às vesperas de mais uma eleição que deve eleger prefeitos e vereadores de todas as cidades do país, teve início no último dia 21 de agosto o horário eleitoral gratuito.

Importante vitrine, ele pode aumentar a visibilidade dos candidatos e mudar os rumos das pesquisas eleitorais e, consequentemente, do resultado das eleições.

No entanto, a obrigatoriedade de sua veiculação pelo rádio e pela TV ainda divide opiniões. Por esse motivo o Painel do Leitor pergunta ao leitores:

O horário eleitoral no rádio e na TV deveria continuar sendo obrigatório?

SIM

Acredito que a questão não é a obrigação da programação eleitoral, mas, sim, a forma como é passada na TV. Deveria haver outras obrigações, como um período mais extenso e de intervalos iguais a todos os candidatos, e em horários totalmente flexíveis. Longe de querer aplicar qualquer tipo de censura, deveria haver modos padronizados para cada candidato. É uma forma de respeito às suas ideias, ao processo eleitoral e aos adversários que estão, pelo menos em tese, com a mesma intenção: governar e melhorar a vida de todos. Da mesma forma que se aplica um postura padrão em uma assembléia legislativa, tribunais, etc., ela deveria ser aplicada no horário eleitoral.

Felippe Gonçalves (São Vicente, SP)

NÃO

A propaganda obrigatória é uma ofensa à democracia. Deveria haver um canal específico para a exposição dos candidatos. Muito mais importantes são os debates realizados pelos canais de comunicação, que são muito mais abrangentes e trazem mais informação para que se possa tomar a melhor decisão. Os debates, sim, deveriam ocorrer com mais frequência. Ainda com a enormidade de partidos políticos existentes, a propaganda eleitoral obrigatória fica inviável, cansativa e pouco agrega, pois os candidatos têm pouco tempo para colocarem suas propostas.

Cristina Martins (São Paulo, SP)

JULGAMENTO DO MENSALÃO

Aconteça o que acontecer, daqui para frente, o STF já definiu: não se rouba mais impune neste país do nunca antes. O STF estabelece um marco, um divisor de águas e pavimenta uma nova era de nossa história. O sentimento é de esperança no futuro para as gerações que nos sucederem. Os ministros do STF gravaram, indeléveis, seus nomes neste capítulo composto por um ensaio do ministro e "pizzaiolo" Levandowski; pelo desconforto do ministro Dias Toffoli; pela firmeza inquebrantável do ministro Joaquim Barbosa; e pela serenidade dos ministros Gilmar Mendes, Marco Aurélio, Rosa Weber, Luiz Fux e Cármen Lúcia.

Apu Gomes-31.ago.2012/Folhapress
O deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), agora ex-candidato a prefeito de Osasco, na Grande Sao Paulo, deixa o Sindicato do Comercio Varejistas de Osasco e Região, no centro de Osasco
O deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), agora ex-candidato a prefeito de Osasco. Condenado no STF durante o julgamento do mensalão, o ex-presidente da Câmara pode cumprir pena em regime fechado

Em seu voto, o Ministro Celso de Mello, decano do STF, fulmina: "São eles, corruptores e corruptos, os profanadores da República, os subversivos da ordem constitucional, são delinquentes e marginais da ética do poder, são infratores da ordem do erário e trazem consigo a marca e trazem consigo o estigma da desonestidade" ("Poder", 30/8). Nada mais decisivo, emblemático e mais puro. O ministro Peluso enriquece sua biografia e, no limiar de sua aposentadoria, concede uma aula magna de magistratura: "O magistrado não condena ninguém por ódio. O faz primeiro por uma exigência da justiça. Em segundo, porque reverencia a lei que é a salvaguarda e a garantia da própria sociedade".

Carlos Alberto Bellozi (Belo Horizonte, MG)

REFORMA NO ENSINO

Maquiagem dura pouco: interdisciplinaridade, temas transversais e outras nomenclaturas já foram "inventadas" para "resolver" os baixos índices alcançados por nossos estudantes e professores nas provas (Ideb, Saresp, Enem, etc.) e na vida real. Em que pese toda experiência da norte-americana Deborah Stipek (Investimento deve ser em treinamento, diz professora americana, "Cotidiano", 28/8) os EUA não são modelo para ninguém, visto que têm obtido baixíssimas notas quando comparado aos chamados países desenvolvidos. Outra coisa: brincar é brincar, estudar é estudar. Frustração e fracasso fazem parte da vida e todos precisamos estar, através da educação, prontos para fazer esse enfrentamento e seguir adiante. Concordo com Élcio Souza (Painel do Leitor, 27/08 ). Um golpe de mestre seria investir nas escolas de formação de docentes para a educação básica, porque sem alicerce nada será sustentável. Como diz Ruben Alves: "...educar é plantar tamareiras, que só darão frutos em cem anos" e nosso ensino, há muito, está nas mãos de quem só quer plantar aboboreiras, que frutificam rapidamente e são vistosas, mas têm a casca grossa, o miolo mole e apodrecem facilmente.

Elizabeth Bernardo de Carvalho (São Vicente, SP)

DITADURA DO PRAZER

Parabéns ao trabalho do caderno Equilíbrio. Na edição de 28/8, o artigo "A ditadura do prazer", da sempre instigante Mirian Goldenberg, é um instrumento de leitura da matéria principal sobre cirurgias plásticas vaginais. A entrevista do artista Jamie McCartney me fez lembrar da sobrinha neta de Napoleão, a princesa Marie. Na década de 1920 ela foi a Viena consultar com o dr. Freud depois de passar por duas cirurgias na vagina para resolver seu sintoma de frigidez sexual. Sua psicanálise foi tão decisiva que ela tornou-se também psicanalista sendo responsável pela implantação da invenção freudiana na França e, sobretudo, por sua atuação, salvou a família Freud do campo de concentração. A impotência sexual da princesa tornou-se uma potência pela escuta do velho Freud.

Márcio Mariguela (Piracicaba, SP)

 

Publicidade

Acompanhe a Folha no Twitter

Publicidade

As Últimas que Você não Leu

  1.  

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página