A cidade de São Paulo deveria possuir mais hospitais veterinários gratuitos?

Inaugurado no início de julho de 2012, o primeiro hospital veterinário público da cidade de São Paulo sofre com excesso de procura e tem deixado casos de animais feridos ou doentes sem tratamento.

Implantado pela Prefeitura de São Paulo --que repassa R$ 600 mil todo mês para o hospital--, a partir de convênio com a Anclivepa-SP (Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais), o serviço se destina a animais de abrigos e à população de baixa renda.

De acordo com o vereador Roberto Tripoli, do PV, a ideia é criar um hospital desses em cada região da cidade que, segundo estimativas, abriga algo em torno de 4 milhões de cães e gatos, para uma população humana de 11,5 milhões de habitantes.

Devido a essa alta demanda, o "Painel do Leitor" perguntou:

A cidade de São Paulo deveria possuir mais hospitais veterinários gratuitos?

SIM

Muitos animais que vivem nas ruas teriam uma chance maior de adoção se as pessoas pudessem contar com esse tipo de assistência. Sem contar a questão da saúde pública, menos animais nas ruas, menos riscos de doenças como a raiva, e menos infestações de pragas como pulgas e carrapatos. Mas especialmente, os animaizinhos merecem cuidado e respeito da nossa parte. Já passou da hora de fazermos alguma coisa por eles.

Silvia Ferreira (Caçapava, SP)

NÃO

Ter um animal em casa é hobby. Portanto, risco assumido pelo proprietário. Os animais de rua, recolhidos e levados para centro de triagem, com doenças incuráveis, sacrifício imediato. Para os sadios, 15 dias para a adoção, ou então sacrifício. Temos que investir pesado em hospitais decentes para atendimento da infância, para não perdermos uma geração. Nota: adoro animais, tenho cachorros, inclusive cães treinados, e vivo na área rural.

José Mesquita Ribeiro (Belém, PA)

JULGAMENTO MENSALÃO

Quando no Brasil alguém que tenha desviado dinheiro público foi julgado, condenado, cumpriu totalmente a pena e ainda devolveu o dinheiro roubado? Muitos cidadãos estão estranhando as atitudes do ministro Joaquim Barbosa, por quê? Por que ele quer esse caminho? Depois do julgamento do mensalão alguns estarão preocupados em serem chamados de um "tremendo 470".

Claudir José Mandelli (Campinas, SP)

	Sérgio Lima- 27.out.2010/Folhapress
	O ministro Joaquim Barbosa, relator do processo do mensalão no STF

BRASIL NA ONU

Clóvis Rossi, em "Por que Dilma tem medo do Irã?", faz uma análise corajosa da posição do governo brasileiro sobre a situação no Oriente Médio. Quando ele confirma que já existe uma intervenção militar oficial, a favor da ditadura Assad, confessada pelo Irã, demonstra que o Itamaraty é omisso quanto a tomada de posição pelos países ocidentais, que já poderiam, também, ter interferido a favor dos rebeldes. Não se trata de aumentar o conflito, mas de impedir que o Irã prolongue, indefinidamente, a resistência de Assad e a população síria seja dizimada. Quanto à posição de Cristina Kirchner, apesar do governo argentino não ter se manifestado a favor de uma intervenção, o pedido de prisão à Interpol, do atual ministro da Defesa iraniano e mais sete responsáveis pelo atentado à associação judia Amia, ocorrido em Buenos Aires, identifica o Irã, como país que apoia ações terroristas.

José Osvaldo Gonçalves Andrade (Belo Horizonte, MG)

LIBERDADE DE EXPRESSÃO

Há perguntas cruciais, fundamentais e incontornáveis da existência humana, como "O que é a vida?", "Há vida após a morte?" São questões inerentes ao ser humano e suas respostas e contornos sombrios ou iluminados fazem parte do que se ousa chamar de dignidade humana. Imposturas, provocações e insultos a religiões podem, sim, ser contidos pelo Estado através do poder Judiciário e podem também ser matéria de indenizações por transgredir valores e sentimentos difusos. A liberdade de expressão tem, como qualquer direito, limites, e deve observar o crivo da razão e a estima do sentimento e intuição.

Paulo Cesar Rebello Giacomelli (São Paulo, SP)