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Governadores reclamam do prazo de carência para linha de crédito
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MÁRCIO FALCÃO
KELLY MATOS
DE BRASÍLIA
A oferta de uma linha de R$ 20 bilhões para investimentos por meio do BNDES foi classificada como positiva por governadores aliados e da oposição. Os governadores, no entanto, reclamaram do prazo de carência para o inicio do pagamento, definido pela equipe econômica em um ano. A ideia é aumentar esse período para três ou quatro anos.
A queixa foi apresentada durante reunião com a presidente Dilma Rousseff, na qual ela discutiu as medidas para aquecer a economia dos Estados.
"Nós fizemos um registro de ampliação desse prazo de carência e o ministro Guido Mantega [Fazenda] vai atender algumas das sugestões apresentadas pelos governadores", disse o governador Renato Casagrande (Espírito Santo)
Para o governador Marconi Perillo (Goiás), o governo mostrou sensibilidade para rever essa questão. "Eu percebi que há uma possibilidade de mudar a carência. O prazo de pagamento de 20 anos é muito bom".
Os governadores disseram que o recado da presidente foi para manter o consumo interno e investir em infraestrutura. Dilma fez uma avaliação pessimista do cenário da crise financeira na Europa, nos Estados Unidos.
Para o governador Eduardo Campos (Pernambuco), as medidas trarão alívio para os cofres estaduais.
"Nós já vínhamos sugerindo esse tipo de medidas que garantissem os investimentos. Há um crescimento da receita dos Estados a um nível menor do que se esperava, houve um incremento de despesa, sobretudo, de folha de pagamento, que diminuíram ainda mais a capacidade de investimento."
E completou: "Essas duas medidas são importantes, elas garantem que a gente possa no segundo semestre fazer uma retomada, fazer um segundo semestre melhor do que foi o primeiro semestre, para que a gente entre em 2013 com a economia mais acelerado do que está hoje".
A presidente pediu pressa nas ações dos Estados. "O discurso da presidente foi forte a respeito da política macroeconômica do governo e a respeito da decisão do governo de enfrentar os reflexos da crise internacional com medidas anticíclicas que não se reduzem ao aumento do investimento público, mas também ao estímulo do investimento privado e também a compreensão dela para que ainda há espaço para aumentar o consumo", afirmou Marcelo Déda (Sergipe).
No encontro, o vice-governador de São Paulo Guilherme Afif Domingos sugeriu a desoneração de investimento de obras de interesse social em Parcerias Público Privada, que segundo ele, consomem 30% em impostos federais.
Afif reclamou da pressão nos gastos públicos de medidas tomadas pelo governo federal e pelo Congresso que aumentam as despesas dos Estados.
Ele citou como exemplo proposta que vincula até 2% da Receita Líquida Estadual para garantir a autonomia financeira e orçamentária das Defensorias Públicas dos Estados.
"Os governadores têm de estar atentos porque depois têm de pagar a conta e não tem dinheiro."
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