Lula costura aliança e PP vai apoiar Costa no Recife

Atualizado às 19h53.

Dois dias depois de o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, fechar uma aliança com o PMDB contra o PT da capital, foi a vez de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reagir.

O PT anunciou nesta quarta-feira (27) o apoio do PP ao pré-candidato do partido à Prefeitura de Recife (PE), senador Humberto Costa.

É o primeiro apoio partidário recebido oficialmente por Costa desde que o PSB no Estado decidiu lançar candidato próprio, o ex-secretário estadual Geraldo Júlio.

O ex-presidente fez questão de chamar o presidente estadual do PP, Eduardo da Fonte, ao Instituto Lula, em São Paulo, para a costura do acordo.

Na conversa, Lula disse que, ao lado de São Paulo, Recife será prioridade de sua agenda durante a corrida municipal. Campos compõe, em Recife, uma frente com pelo menos 15 partidos.

"Como pernambucano, tenho que ficar do lado do presidente Lula por tudo o que ele tem feito por Pernambuco", disse Eduardo da Fonte, após reunião com Lula e o candidato indicado pelo PT, Humberto Costa.

	Heinrich Aikawa/Divulgação
	Humberto Costa, Lula e o presidente do PP em PE, deputado Eduardo da Fonte

Os outros 12 partidos que também integram a aliança de apoio ao governo do Estado deverão migrar para a candidatura socialista, atraídos pela liderança de Campos.

O anúncio da aliança política em torno de Costa também contou com a presença do ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro (PP).

Costa quer a presença de Lula na campanha contra os socialistas, que já conquistaram até mesmo a adesão do maior partido de oposição no Estado, o PMDB do senador Jarbas Vasconcelos (PE), um dos mais duros críticos do governo Lula.

O governador deve anunciar nesta quinta-feira (28) quem ocupará a vaga de vice na chapa do PSB. A expectativa é que seja ligado ao PC do B.

O PMDB deverá ganhar cargos no primeiro escalão do governo estadual, na reforma administrativa que Campos promoverá nas próximas semanas.

O PT, que administra Recife há 12 anos, perdeu o apoio do PSB após envolver-se em uma crise interna provocada pelo veto do partido à tentativa de reeleição do atual prefeito, João da Costa.