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07/07/2012 - 17h56

Prefeito de BH diz que ministro o chamou de "peão"

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PAULO PEIXOTO
DE BELO HORIZONTE

Ainda no clima da ruptura da aliança com o PT que causou reviravolta no cenário eleitoral de Belo Horizonte, o prefeito da capital mineira, Marcio Lacerda (PSB), disse ter sido tratado como "peão" pelo ministro petista Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).

Ao falar das negociações para que fosse mantida a aliança construída em 2008 por Pimentel e pelo senador Aécio Neves (PSDB), o prefeito disse que o ministro afirmara certa vez que Lacerda era a peça mais frágil do jogo de xadrez, o peão.

"Durante essas negociações, meu amigo Fernando Pimentel me disse que eu tinha que entender que eu era um peão no tabuleiro do jogo. Um peão. Eu ainda brinquei: nem um cavalo?".

A declaração de Lacerda foi dada ao jornal "O Tempo", de Belo Horizonte. Ele disse mais para frente vai escrever sobre as relações políticas nos três anos e meio que durou a aliança.

Sem o PT, mas ainda aliado do PSDB, Lacerda fez a defesa de Aécio, repetindo que ele não concordou que fosse feita coligação proporcional com o PT (o que influi na eleição de vereadores) porque o partido já teria o posto de vice.

Apesar de Lacerda negar que Aécio tenha ameaçado deixar a aliança, o ex-ministro Ciro Gomes (PSB-CE), que participou do encontro entre eles, disse que o tucano "colocou a faca no pescoço" de Lacerda. E Ciro criticou Aécio por isso.

Na tarde deste sábado (7), o presidente do PSB-BH, João Marcos Martins, disse que Lacerda não descumpriu o acordo assinado com o PT, como afirmou Pimentel e o presidente nacional do PT, Rui Falcão.

Ele disse que o documento assinado pelo presidente estadual do PSB, o ex-ministro Walfrido dos Mares Guia, falava em aliança proporcional com o PT, mas mediante condições que seriam estabelecidas.

Segundo Martins, dificuldades impostas pelo PT e pelo PSB foram os motivos que levaram ao rompimento, e não o ato isolado do prefeito.

Lacerda, que tentará a reeleição, terá como principal rival o candidato do PT, o ex-ministro Patrus Ananias, convocado para a missão em cima da hora.

 

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