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22/08/2012 - 18h41

Estados reagem à proposta de que militares façam segurança da Copa e Olimpíada

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DE BRASÍLIA

O órgão que reúne os secretários estaduais de Segurança Pública do país reagiu à proposta do governo federal de transferir para os militares o comando da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016.

A hipótese de substituição do Ministério da Justiça pelas Forças Armadas no controle da segurança de grandes eventos está em gestação no governo e desperta polêmica, inclusive na Polícia Federal, hoje responsável formal pelos jogos por meio da Secretaria de Grandes Eventos, do Ministério da Justiça.

Governo regulamenta ação de Defesa na Copa de 2014

Em documento divulgado na terça-feira (21) e assinado pelo Consesp (Colégio Nacional de Secretários de Segurança do Brasil), o presidente da entidade, Wantuir Francisco Brasil Jacini, secretário de Segurança do Mato Grosso do Sul, afirma que a coordenação civil dos grandes eventos é tradição mundial e faz parte de acordos já firmados com países e entidades esportivas internacionais.

"O Consesp vem a público manifestar sua preocupação com a questão, recomendando que a coordenação das referidas atividades de segurança pública continue sob a responsabilidade da Secretaria Especial de Grandes Eventos do Ministério da Justiça, com gestão compartilhada com os secretários de segurança do Brasil."

Para o órgão, tão importante quanto coordenar as festividades é ter um legado dos grandes eventos, como treinamento policial, aquisição de equipamentos e implantação de infraestrutura. Esse chamado "legado" ficaria para as Forças Armadas caso assumam o controle das operações de grandes eventos.

FORÇAS ARMADAS

Na segunda-feira (20), o Ministério da Defesa divulgou uma portaria preparando Exército, Marinha e Aeronáutica para atuar. A norma não transfere o poder de comandar os grandes eventos, mas foi interpretada como indício da disposição da presidente Dilma Rousseff de fazê-lo.

Nos bastidores, interlocutores do Executivo admitem a possibilidade. A simpatia pela ideia vem do temor de que os policiais federais usem as festividades para pressionar o governo com demandas salariais, inclusive recorrendo à greve.

Na PF, o assunto é tratado por meio da Secretaria de Grandes Eventos. Os policiais acreditam que o fato de seus projetos estarem mais adiantados do que os da Defesa favorecerá a polícia na discussão.

 

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