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12/09/2012 - 20h05

Inspirado no mensalão, juiz afasta vereadores e manda instalar CPI no Paraná

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LUIZ CARLOS DA CRUZ
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE CASCAVEL (PR)

Um juiz do interior do Paraná se inspirou no julgamento do mensalão para determinar o afastamento de dois vereadores que, segundo o Ministério Público, estavam barrando a instalação de uma CPI para investigar pagamento de propina na prefeitura.

"Evidente que o momento de instalação da CPI e também para o afastamento dos vereadores não é o mais recomendável, a menos de um mês da eleição municipal", afirma o juiz Leonardo Ribas Tavares na decisão.

"Assim como, por contingências temporais e de procedimento, o Supremo atualmente julga o mensalão", completa Tavares na sentença.

O juiz afastou nesta segunda-feira (10) os vereadores Marcos Damasceno (PDT) e Paulo Bebber (PR), respectivamente presidente e vice da Câmara Municipal de Cascavel (494 km de Curitiba), e mandou instalar a CPI.

Segundo o Ministério Público, os dois adotaram manobras para não instalar uma comissão criada para investigar denúncias de que o prefeito Edgar Bueno (PDT) e o secretário de Obras Públicas, Paulo Gorski, teriam recebido propina de uma empresa responsável pela manutenção de máquinas da prefeitura. Eles negam as acusações.

"E não venham os réus [vereadores afastados] com as 'desculpas' de sempre, com 'teorias de conspiração', 'perseguição política' e coisas do gênero. Este signatário se atém a fatos, provas, indícios --independentemente do momento político que se vivencia", escreveu o juiz.

Para tentar barrar a CPI, a direção da Casa chegou a invalidar a assinatura de uma vereadora e criar outras duas comissões paralelas. Pela Lei Orgânica do município, apenas duas CPIs podem funcionar ao mesmo tempo.

O presidente afastado da Câmara não foi localizado. Já o vice disse que vai recorrer. "Lamento o ocorrido e vou procurar meus direitos", disse Bebber.

 

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