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Relator retoma voto sobre compra de apoio político no mensalão nesta quarta
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DE SÃO PAULO
O STF (Supremo Tribunal Federal) volta a julgar nesta quarta-feira (19) o capítulo 6 da denúncia, que trata sobre a acusação de que o mensalão foi criado para assegurar apoio parlamentar ao governo Lula, em esquema comandado pelo ex-ministro da Casa Civil José Dirceu com o apoio de outros dez políticos.
O relator Joaquim Barbosa continua a ler hoje seu voto sobre este capítulo, no qual os réus respondem por corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
Na segunda, Barbosa disse que estavam caracterizados os crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha dos quais são acusados os réus do PP, os então deputados Pedro Corrêa e Pedro Henry.
Junto com o deputado José Janene (PP-PR, morto em 2010), Corrêa e Henry são acusados de embolsar R$ 2,9 milhões.
Barbosa também indicou os crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passivia contra o ex-assessor parlamentar João Cláudio Genu, e os donos da corretor Bônus Banval, Enivaldo Quadrado e Breno Fischberg. Pela corretora, indicada por Janene para Marcos Valério, passaram R$ 10,6 milhões.
Além dos parlamentares do PP, também foram denunciados integrantes do PL (atual PR), PTB e PMDB.
Barbosa avisou que irá votar sobre os acusados de corrupção ativa no fim do capítulo e que dividirá sua análise nos núcleos dos partidos, como fez o Ministério Público.
A sessão de hoje será transmitida ao vivo pelo site da Folha e também TV Justiça (canal 53-UHF em Brasília), pela Rádio Justiça (104.7 FM em Brasília) e também pela internet.
Acompanhe os votos dos ministros
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Conheça a cronologia do escândalo
Saiba de quais crimes os réus são acusados
Apesar de denúncias, Lula negou conhecer esquema do mensalão
FATIAMENTO
O tribunal aceitou a sugestão de Joaquim Barbosa e está julgando o processo pelos capítulos da denúncia apresentado pelo Ministério Público. O relator está seguindo a ordem pela qual STF aceitou a denúncia, e começou a votar pelos capítulos 2 e 3 e terminará o julgamento com a análise do primeiro capítulo.
Os ministros dividiram a análise do caso em duas partes. A primeira começou no dia 2 de agosto com a exposição do caso, a acusação da procuradoria-geral da República e as defesas dos réus.
Nesta segunda etapa do julgamento, as sessões têm início marcado para as 14h, e ocorrem três vezes por semana, às segundas, quartas e quintas.
O cronograma foi estabelecido pelos próprios ministros, mas pode sofrer mudanças como atrasos, que podem correr com a votação de questões de ordem eventualmente levantadas por advogados dos réus.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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