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29/09/2012 - 17h55

Haddad ataca Russomanno e diz que SP precisa "mudar com segurança"

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LUCAS NEVES
DE SÃO PAULO

O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, disse no começo da tarde deste sábado (29) que a cidade precisa "mudar, mas com segurança" e que é necessário "esclarecer quem é que está do lado do povo de verdade, não agora, mas de muito tempo para cá".

O discurso, com ataques endereçados ao líder das pesquisas, Celso Russomanno (PRB), incluiu críticas a um dos projetos do rival para o transporte público: preços de passagens de ônibus proporcionais às distâncias percorridas.

"Vocês acham justo pagar a passagem de ônibus pelo trecho percorrido?", perguntou à militância reunida no Parque Arariba (zona sul), ao fim de uma carreata de quase duas horas e meia de duração.

"Às vezes, a pessoa [Russomanno] está com boa intenção, mas sabe o que vai acontecer com o trabalhador da periferia? Ele vai perder o emprego para quem mora perto do trabalho, porque o empregador vai gastar menos com o vale-transporte se ele contratar alguém que vive perto", completou o petista.

Detalhamento da pesquisa Datafolha realizada nesta semana mostra que Haddad foi o candidato que mais cresceu em segmentos nos quais Russomanno caiu, como os eleitores de 35 a 44 anos, os católicos e as famílias com renda entre dois e cinco salários mínimos.

Ainda se referindo ao candidato do PRB, Haddad afirmou que não se pode "jogar a cidade numa nova aventura": "Não dá para votar em quem não tem força política, plano de governo ou proposta -- e quando arrisca proposta, é para o lado errado. Vamos mudar, mas vamos mudar com segurança de que a gente vá ter apoio federal [...] Não dá para arriscar".

Sobre a estratégia de Russomanno de neutralizar a inexperiência como administrador colando sua imagem à de Lula, Haddad disse que o ex-presidente "sempre teve equipe, contou com os maiores especialistas do país" e "apresentou plano de governo, com metas específicas".

"É muito diferente a trajetória de uma pessoa e a da outra. Uma vem da luta social, com apoio de grande parcela da intelectualidade brasileira. A outra ainda não apresentou sequer seu coordenador do programa de governo, parece que está contratando de última hora uma pessoa para ajudá-lo", alfinetou o ex-ministro da Educação.

Antes do começo da carreata, locutores do PT enfileiravam investidas contra o líder nas pesquisas. "Russomanno está recebendo muitos processos [...] Por que não vai para a TV explicar o dinheiro que recebeu do Cachoeira quando foi candidato a prefeito no ABC [em Santo André, no ano 2000]? Eles querem que quem mora aqui no fundão da zona sul pague mais para chegar no centro do que quem vive perto. Essa é a lógica deles."

A equipe de "aquecimento" também citou uma falsa mensagem de celular disparada para milhares de aparelhos nos últimos dias em que o bispo Edir Macedo, chefe da Igreja Universal do Reino de Deus (que tem forte ascendência sobre o PRB), pede voto para Russomanno. Vários ex-dirigentes da igreja ocupam postos-chave na campanha dele.

"Queria dizer que quem vai governar SP é o prefeito. Vivemos em um Estado laico. A igreja não pode se sobrepor ao Estado", disse o locutor.

 

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