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29/09/2012 - 18h18

Em feira cristã, Serra nega preocupação com entrada de Dilma na campanha

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ANNA VIRGINIA BALLOUSSIER
DA COLUNA MÔNICA BERGAMO

José Serra, candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, dedicou meia hora de seu sábado (29) à maior feira de negócios voltada ao mercado evangélico na América Latina.

Ele chegou à ExpoCristã, no Pavilhão do Anhembi, por volta das 16h30. O compromisso não foi divulgado em sua agenda oficial. Questionado a respeito, o tucano primeiro rebateu que é de praxe de sua campanha divulgar apenas um evento por dia (o que não foi o caso hoje: eles divulgaram dois).

Depois, disse que, pelo "grau de incerteza" se realmente iria ao evento, preferiu não confirmar.

O deputado Walter Feldman, coordenador de sua campanha responsável por dialogar com o segmento religioso, disse que Serra evita "expor demais os pastores", para "não os constranger". Feldman acompanhou Serra durante o percurso, assim como Eduardo Berzin Filho, diretor-geral da ExpoCristã.

Na quinta, o primeiro colocado nas pesquisas do pleito paulistano, Celso Russomanno (PRB), esteve no Anhembi e ganhou uma oração do apóstolo Estevam Hernandes, da igreja Renascer, cujo apoio também é pleiteado por tucanos.

O candidato tucano disse que só soube dessa manifestação pelos jornais e não quis comentar.

Ele também não se prolongou sobre outra personagem com potencial de desestabilizar sua campanha, a presidente Dilma Rousseff.

Serra definiu como "normal" a entrada de Dilma na campanha de Fernando Haddad (PT), com quem hoje disputa um lugar no segundo turno contra Celso Russomanno (PRB).

"Ela já entrou, é do mesmo partido. Está dentro do previsto."

Desde o começo da corrida eleitoral, Dilma sempre foi o personagem que preocupa o QG serrista. A equipe tucana avalia que a presidente pode fazer a diferença na classe média, historicamente mais resistente ao PT de Haddad.

ALCKMIN

A oito dias do primeiro turno, Serra também buscou minimizar o reforço em seus palanques do governador Geraldo Alckmin, considerado seu maior cabo eleitoral nesta eleição. Só neste fim de semana, Alckmin estará ao seu lado em dois comícios e uma missa.

Ontem, a Folha noticiou que Alckmin está preocupado com o desempenho de Serra nas pesquisas e pediu "empenho dobrado" a militantes tucanos para garantir que o PSDB chegue ao segundo turno.

Serra disse que o suposto alarme do governador era "fofoca".

"Nem li essa reportagem. E ele não está entrando, já fizemos tantos atos juntos. Não tá entrando nada, tá no meio", afirmou à Folha.

MARA MARAVILHA

Na ExpoCristã, Serra ganhou um energético (guaraná em pó) e ameaças não concretizadas de beijo na boca ("me segura ou vou!", dizia uma jovem ao seu lado).

Também posou ao lado de Mara Maravilha, que tem um estande na feira, e ao lado de diretores da Graça Filmes, produtora do missionário R.R. Soares (Igreja Internacional da Graça de Deus).

Alguns jovens tentaram chamar sua atenção berrando três vezes o nome de Russomanno. Em vão.

O candidato Gabriel Chalita (PMDB) também esteve na feira hoje, acompanhado do pastor Samuel Ferreira. Ele lidera a Assembleia de Deus Brás, o segundo maior ramo da Assembleia de Deus, que só perde no número de fiéis para o Ministério Belém, do pastor José Wellington Costa, simpático a Serra.

Dos quatro candidatos mais bem colocados nas pesquisas, apenas Haddad não passou pela feira evangélica.

 

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