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Números de Haddad e Serra na educação básica são parecidos
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FÁBIO TAKAHASHI
FÁBIO MAZZITELLI
DE SÃO PAULO
Apesar dos ataques mútuos em relação aos resultados educacionais, dados oficiais mostram que os desempenhos das gestões de Fernando Haddad (PT), no governo federal, e de José Serra (PSDB), na prefeitura paulistana e no governo estadual, seguem a mesma tendência.
O Ideb, principal termômetro da situação educacional do país e instrumento para definir políticas públicas, mostra que tanto em âmbito nacional quanto estadual e municipal os alunos mais novos do ensino fundamental têm melhorado. Entre os mais velhos, o crescimento é menor, em todas as instâncias.
O índice aponta que a média das escolas públicas dos primeiros anos do ensino fundamental do Brasil subiu 1,1 ponto entre 2005 e 2011 (a escala vai de 0 a 10). No mesmo período, a média dos colégios nos anos finais do fundamental aumentou apenas 0,7.
Apesar de praticamente não ter escolas próprias, cabe ao governo federal induzir políticas de melhoria nos Estados e nos municípios. Entre 2005 e 2011, Haddad era o ministro da Educação.
A tendência nacional foi semelhante às da prefeitura paulistana e do governo paulista no mesmo período (gestões Serra e Kassab na cidade e Alckmin e Serra no Estado).
Os alunos mais novos também melhoraram mais que os mais velhos --0,7 ante 0,2 na prefeitura e 0,9 ante 0,5 no Estado. A rede municipal de ensino de São Paulo é hoje a 11ª entre as capitais do país, de acordo com o Ideb.
"É o roto falando do esfarrapado", afirma o professor Ocimar Alavarse, da Faculdade de Educação da USP. "Vemos partidos querendo tirar vantagem dos dados", diz.
Nos últimos dias, as campanhas de Serra e Haddad se atacaram usando indicadores educacionais. Serra expôs um ranking da Unesco no qual o Brasil caiu --a lista é de 2011, pois neste ano o país não foi listado-- e Haddad comparou a rede municipal de São Paulo à de Teresina (veja ponderações ao lado).
"Como um todo, os desafios [da educação] são muito parecidos no país. A qualidade vem melhorando, mas não no nível desejado", diz Naercio Aquino Menezes Filho, coordenador do Centro de Políticas Públicas do Insper.
Os ataques mútuos deixam de lado um tipo de pacto suprapartidário consumado com a adesão do Estado de São Paulo ao PDE (Plano de Desenvolvimento da Educação), planejamento do governo federal para a melhoria da qualidade do ensino.
O acordo foi assinado em 2008, quando Serra era governador e Haddad, ministro, em cerimônia no Palácio dos Bandeirantes da qual participaram o prefeito Gilberto Kassab e o então secretário municipal Alexandre Schneider, hoje candidato a vice de Serra.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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