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24/01/2013 - 18h36

Aécio diz que Dilma usa máquina pública para fazer campanha

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GABRIELA GUERREIRO
DE BRASÍLIA

Provável candidato do PSDB à Presidência da República em 2014, o senador Aécio Neves (MG) acusou nesta quinta-feira (24) a presidente Dilma Rousseff de usar a máquina pública para fazer campanha política.

Em nota, Aécio disse que a cadeia nacional de rádio e TV convocada ontem para Dilma anunciar a redução na conta de luz comprova que a petista "mistura o público com o particular".

PSDB acusa Dilma de usar pronunciamento para fazer campanha
Em pronunciamento, Dilma amplia e antecipa redução da conta de luz

"Sem razão que justificasse a formação de uma rede nacional obrigatória, vimos a apropriação de um instrumento de Estado para fins político-partidários. Falou à nação não a presidente da República, mas um partido político, evidenciando, como nunca antes neste país, a mistura entre o público e o particular; o institucional e o partidário", disse o senador.

O tucano também afirmou que o uso da TV foi "mais um exemplo inaceitável de como o PT usa, sem constrangimentos, estruturas de Estado para alcançar seus objetivos políticos".

Na opinião de Aécio, o episódio vai se transformar em "marco de quebra do princípio da impessoalidade no exercício da Presidência da República".

Mais cedo, o presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), divulgou nota em que acusa a petista de cometer a "mais agressiva utilização do poder público" para lançar sua candidatura à reeleição.

Guerra afirmou que Dilma faltou com a verdade ao longo dos mais de oito minutos de fala, ultrapassou "um limite perigoso para a sobrevivência da jovem democracia brasileira" e dividiu o Brasil entre "nós e eles".

"O país assistiu à mais agressiva utilização do poder público em favor de uma candidatura e de um partido político", disse Guerra. "A redução do valor das contas de luz, já prometida em rede nacional há quatro meses e alardeada em milionária campanha televisiva paga pelos contribuintes", completou.

Assim como o PSDB, o presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), divulgou nota para criticar o anúncio de Dilma. Em um tom mais ameno, o democrata afirmou que a "proclamada redução das tarifas de energia" precisa ser algo permanente, embora o partido aplauda boas medidas adotadas no país.

"O que é bom para os brasileiros, a oposição aplaude. Mas a proclamada redução das tarifas de energia elétrica precisa acontecer e ter permanência", afirmou.

Segundo Agripino, o anúncio da diminuição das tarifas "deveria ter sido marcado pela cautela do que pelo exagero do desafio o qual o governo pode um dia se arrepender". "Deus queira que tudo dê certo", completou.

PRONUNCIAMENTO

No pronunciamento de rádio e televisão, a presidente Dilma Rousseff anunciou ontem uma redução maior na tarifa de energia.

Em sua fala, a presidente qualificou os críticos de pessimistas. "Os últimos anos o time vencedor tem sido dos que têm fé e apostam no Brasil. Por temos vencido o pessimismo e os pessimistas, estamos vivendo um dos melhores momentos da nossa história", disse Dilma.

Na declaração, a presidente criticou usinas controladas pelo PSDB que não renovaram as concessões e fez um ataque indireto aos tucanos afirmando que o país avança "sem retrocessos".

 

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