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Renan evita falar sobre sua candidatura à presidência do Senado
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GABRIELA GUERREIRO
ERICH DECAT
DE BRASÍLIA
Lançado nesta quinta-feira (31) pelo PMDB para disputar a presidência do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) não fez declarações públicas, nem defendeu a sua candidatura, na véspera da eleição que vai decidir o novo comando da Casa Legislativa.
Apontado por senadores do grupo dos "independentes" como representante do "retorno da Casa a um passado de denúncias", Renan disse que vai se pronunciar sobre as eleições apenas durante a votação --quando vai discursar como candidato.
Em defesa de Renan, o presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), disse que o silêncio do peemedebista se justifica porque o partido só formalizou sua escolha nesta quinta-feira.
"A candidatura não pertencia até este presente momento ao senador Renan, mas à bancada e ao partido. Por isso se esperou até o último dia. Ele estava construindo a candidatura. Ele vai falar amanhã como candidato oficial à Presidência do Senado", afirmou Raupp.
Apesar do silêncio público, Renan apresentou à bancada sua "plataforma" de atuação se for eleito amanhã presidente da Casa. Entre as prioridades do senador, segundo relato de presentes, está dar maior "transparência" aos atos do Senado, reduzir custos e modernizar a instituição.
"Ele elencou vários itens para a bancada. As denúncias são fatos conhecidos, cabe aos senadores definir seus votos", disse o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE).
Renan foi escolhido candidato do PMDB à Presidência do Senado por aclamação. Os 17 senadores presentes na reunião da bancada apoiaram o peemedebista. Ausentes, os "independentes" Pedro Simon (PMDB-RS) e Jarbas Vasconcellos (PMDB-RS) são publicamente contrários à eleição de Renan. O senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC) não participou do encontro da bancada por motivos de saúde, mas enviou seu apoio a Renan por escrito.
Em 2007, Renan renunciou à Presidência do Senado em meio a uma série de denúncias e processos no Conselho de Ética - entre eles o de usar recursos de uma empreiteira para pagar pensão à filha. Foi absolvido duas vezes pelo plenário da Casa, manteve o mandato e, desde o ano passado, costura seu retorno ao comando da instituição.
"O senador Renan não teve julgamento, nenhuma condenação, é um líder nato. Ele constrói dentro da bancada e fora dela, deve ser eleito para a Presidência do Senado. O preço do PMDB é ter restabelecida a democracia do Brasil, ter ajudado o país, como fez em diversos governos", afirmou Raupp.
O PMDB também formalizou o Eunício como líder do partido na Casa e indicou o senador Romero Jucá (PMDB-RR) para a segunda vice-presidência do Senado.
A sessão que vai escolher o novo presidente do Senado terá início às 10 horas desta sexta-feira. Além de Renan, o senador Pedro Taques (PDT-MT) é candidato a presidir a instituição. Depois da escolha do presidente, os senadores também vão eleger os outros integrantes da Mesa Diretora, composta pela primeira e segunda vice-presidência do Senado e quatro secretarias.
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