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15/03/2013 - 03h30

Deputado defende assessores que trabalham como pastores

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DE SÃO PAULO
DE BRASÍLIA

O deputado e pastor Marco Feliciano (PSC-SP) saiu em defesa dos cinco pastores de sua igreja evangélica que têm cargo de assessoria parlamentar no gabinete da Câmara.

"Agora que as acusações de racista e homofóbico não vingaram, eles estão inventando que meus assessores não trabalham só porque são pastores", disse Feliciano ontem em sua conta no Twitter.

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A declaração foi dada em resposta à reportagem publicada pela Folha na quarta mostrando que o deputado emprega esses pastores no gabinete, embora eles não trabalhem em Brasília nem no seu escritório político em Orlândia (SP), sua terra natal.

A reportagem visitou as cidades e constatou que esses pastores dirigem templos da igreja evangélica do deputado, a Catedral do Avivamento, nas cidades de Orlândia, Franca, Ribeirão Preto e São Joaquim da Barra.

O regimento da Câmara diz que os assessores devem cumprir jornada de 40 horas semanais. Pelo Twitter, Feliciano respondeu: "Pastor não é profissão, mas sim vocação. E essa vocação geralmente é exercida após as 18h dirigindo um culto [...] Tenho cinco secretários parlamentares que têm a vocação pastoral. Isso não impede eles de cumprirem tarefas parlamentares durante o dia", afirmou.

Ele presidiu na quarta-feira a primeira sessão como presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Tem sofrido protestos para deixar o cargo sob a acusação de ser racista e homofóbico. "Só estou mais uma vez mostrando ao Brasil a perseguição religiosa que estamos enfrentando. Pois não aceitam um pastor chegar aonde cheguei", disse no Twitter.

REUNIÃO

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), se reuniu ontem com Feliciano e pediu "equilíbrio" e "cautela" nas próximas sessões da Comissão de Direitos Humanos.

Antes disso, ouviu de deputados que são contra a permanência do pastor na comissão queixas de autoritarismo. Um grupo de parlamentares do PSOL e do PT mostrou vídeos com declarações polêmicas do pastor e pediu que o presidente da Casa analisasse o áudio da sessão da quarta-feira, marcada por brigas e discussões.

"[As cenas] foram lamentáveis. Mas acho que houve erro de parte a parte. Não se pode culpar apenas uma parcela", disse. Apesar dos pedidos para que os ânimos se acalmem, a tendência é que novos confrontos ocorram na próxima semana quando a comissão terá nova reunião.

 

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