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10/04/2013 - 13h47

Advogado de Valério diz que ficou 'estarrecido' com declaração de Dirceu sobre Fux

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FLÁVIO FERREIRA
DE SÃO PAULO

O criminalista Marcelo Leonardo, advogado do empresário Marcos Valério de Souza no processo do mensalão, disse estar "estarrecido" com afirmação do ex-ministro José Dirceu de que o ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux prometeu absolvê-lo no julgamento do caso.

Condenado a mais de dez anos no julgamento do mensalão, Dirceu contou em entrevista à Folha e ao UOL que Fux o "assediou moralmente" quando fazia campanha para ingressar no STF.

"Estou estarrecido com essa entrevista do José Dirceu e também com aquela que foi dada pelo ministro Fux à Folha, na qual relatou o contato com o ex-ministro", disse Leonardo.

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O advogado referiu-se à reportagem publicada pela Folha em dezembro passado na qual Fux admitiu que encontrara Dirceu quando estava em campanha para o STF. Na oportunidade Fux negou ter prometido a absolvição do ex-ministro.

Na entrevista de hoje, Dirceu conta que a reunião entre ambos ocorreu num escritório de advocacia de conhecidos comuns. Ao relatar esse encontro, Dirceu faz uma acusação grave. O ex-ministro afirma não ter perguntado "nada" [mas Fux] "tomou a iniciativa de dizer que ia me absolver".

Num outro trecho da entrevista, segundo Dirceu, "ele [Fux], de livre e espontânea vontade, se comprometeu com terceiros, por ter conhecimento do processo, por ter convicção".

O ex-ministro afirma ainda que Fux "já deveria ter se declarado impedido de participar desse julgamento [do mensalão]".

No início de 2011, Fux foi nomeado pela presidente Dilma Rousseff para o STF. Durante o julgamento do mensalão, votou pela condenação de Dirceu --que acabou sentenciado a de dez anos e dez meses de reclusão mais multa.

Os criminalistas Márcio Thomaz Bastos, defensor do ex-dirigente do Banco Rural José Roberto Salgado, Alberto Zacharias Toron, advogado do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), e Arnaldo Malheiros Filho, que defende o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, preferiram não se manifestar sobre as declarações do ex-ministro petista.

 

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