Há espaço para Suplicy ser vice em chapa puro-sangue, diz Mercadante

O pré-candidato do PT ao governo do Estado de São Paulo, senador Aloizio Mercadante, disse à Folha acreditar na possibilidade de que vingue a chapa puro-sangue pretendida por alguns setores do PT, que teria o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) na vice.

Até que o nome de Suplicy fosse aventado, a vaga de vice na aliança estava prometida ao PDT.

"Em princípio, a indicação da vice ficou pré-acordada com o PDT, mas eu acho que há espaço pra gente construir a possibilidade de o Suplicy ser o vice. Ele traz uma densidade eleitoral, uma história muito importante no legislativo de São Paulo ao longo de toda a vida dele", disse.

Na semana passada, quando a ideia da chapa puro sangue veio a público, setores do PDT demonstraram irritação pela possível perda do posto.

Mercadante, no entanto, acredita que o partido possa negociar a questão.

"Há setores [do PDT] que estão abertos. Querem discutir outras questões como as suplências no Senado", disse, frisando que ainda não tem uma resposta oficial do PDT.

Apesar do desejo de parte do PT, dentro do próprio partido há quem desconfie da eficácia eleitoral da chapa puro-sangue, e prefira aguardar pesquisas encomendas pela sigla para testar a viabilidade dessa composição.

Aliança

Com o apoio já anunciado de 11 partidos --sem contar o do próprio PT--, Mercadante diz não acreditar mais em fazer aliança com PSB e PP.

O primeiro lançou na última sexta-feira a pré-candidatura de Paulo Skaf ao governo, e não parece disposto a desistir da postulação. O segundo, ao que tudo indica, deve lançar o deputado Celso Russomano.

Entretanto, o pré-candidato petista avalia que ainda deverá obterá o apoio de dissidências de partidos aliados ao tucano Geraldo Alckmin, como a ala do PMDB ligada ao presidente da Câmara, Michel Temer (SP), e setores do DEM.