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07/06/2010 - 09h52

Conselho decide hoje sobre afastamento de procurador envolvido com mensalão do DEM

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DE SÃO PAULO

O CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) vai decidir nesta segunda-feira se afasta do cargo o procurador-geral do Ministério Público do DF, Leonardo Bandarra, acusado de envolvimento no escândalo conhecido como mensalão do DEM.

Ele é suspeito de ter recebido propina para fazer vista grossa a contratos fraudulentos e beneficiar políticos em investigações.

Em maio, o CNMP decidiu intervir no Ministério Público local e investigar o procurador. Por unanimidade, o conselho entendeu que o Ministério Público distrital tem "incapacidade de fazer uma investigação séria e isenta" contra seu chefe.

"Mesmo que sejam notícias, justificam que sejam analisados em ambiente mais imune. Resta clara a mais absoluta falta de sintonia entre os membros do MPDF. Qualquer seja a decisão da corregedoria pode ser interpretada por interesses políticos", disse o relator Francisco Maurício.

De acordo com o delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa, Bandarra recebeu R$ 1,6 milhão do esquema para interferir no Ministério Público e impedir que os contratos sem licitação para a coleta de lixo fossem investigados. Bandarra nega as denúncias.

O pedido para tomar do Ministério Público do DF a investigação foi apresentada pelo conselheiro Bruno Dantas. "A própria corregedora do MP-DF admite que a atribuição deve ser do Conselho Nacional", afirmou Bruno Dantas.

Em nome do Ministério Público do Distrito Federal, a corregedora Lenir de Azevedo disse que a instituição fez uma investigação isenta contra seu chefe, Leonardo Bandarra. "São inverdades, ilações pessoais e maledicências de bastidores. Foram promovidas inúmeras diligências em busca da verdade dos fatos", afirmou.

Lenir entregou a sindicância ao CNMP na véspera da sessão e disse que há "fortes indícios" contra Bandarra, mas não deu detalhes. A corregedoria, apesar de negar que foi parcial ou morosa, admitiu que não tinha poderes para punir o chefe do Ministério Público do DF.

"Quem deve continuar a investigação é a corregedoria-nacional porque a atribuição de continuidade é do CNMP, eu não tenho a premissa de enquadrar o procurador-geral. Nossa sindicância já está feita", afirmou.

 

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