Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
14/07/2010 - 19h54

Impugnações em Alagoas passam de 3 para 383 em quatro anos

Publicidade

JOÃO PAULO GONDIM
DE SÃO PAULO

O MPF (Ministério Público Federal) de Alagoas entrou, até a última terça-feira (13), com 383 ações de impugnação de candidaturas no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Estado.

Esse número é 12.000% superior ao das eleições de 2006. Há quatro anos, houve três impugnações, todas para candidatos a deputado estadual. Somente uma foi considerada procedente pelo TRE-AL.

A Procuradoria estima impugnar mais 40 candidaturas até a próxima sexta-feira. Inscreveram-se no pleito deste ano 438 candidatos. O número de candidaturas impugnadas até agora representa 87% do total, e pode chegar a 96%.

Das impugnações deste ano, somente nove estão enquadradas na Lei da Ficha Limpa. Esse é o caso do ex-governador Ronaldo Lessa (PDT), que tenta voltar ao cargo que ocupou entre 1999 a 2006.

Seus cinco concorrentes ao Palácio dos Martírios --entre eles o ex-presidente Fernando Collor (1990-1992)-- foram impugnados por problemas de documentação.

Para o presidente do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de Alagoas, desembargador Estácio Gama, o grande aumento de ações de impugnação protocoladas pelo MPF (Ministério Público Federal) alagoano deve-se "ao louvável trabalho diligente" do procurador regional eleitoral do Estado, Rodrigo Tenório. "Ele foi muito perspicaz na análise dos pedidos", afirmou.

O desembargador não quis comparar o desempenho do atual procurador com seus antecessores. "Não estava no TRE há quatro anos", justificou-se.

Embora ressalte ainda não ter examinado os casos de impugnação, Gama diz considerar positivo o aumento de impugnações.

"Vejo com bons olhos tudo aquilo que venha para a moralidade, para a legalidade. Isso é muito importante [para o Estado]".

O desembargador acredita que a maior parte das 383 impugnações nem sequer será julgada pelo tribunal, pois trata de problemas na documentação, que podem ser sanados no decorrer da tramitação do processo.

O MPF-AL e o procurador Tenório não se manifestaram sobre o aumento do número de impugnações em quatro anos.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página