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28/09/2010 - 09h34

Aliado livra irmã de Sarney de dívida de R$ 9.200

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DE SÃO PAULO

A irmã do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), não terá de pagar dívida de R$ 9.200 arbitrada pelo TCU (Tribunal de Contas da União) graças à atuação do ministro Raimundo Carreiro, indicado ao tribunal pelo senador, informa reportagem de Filipe Coutinho, publicada nesta terça-feira pela Folha (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).

O ministro foi secretário-geral do Senado por 12 anos, período em que Sarney, amigo e conterrâneo, presidiu a Casa por duas vezes.

As relações da família de Carreiro com o senador envolvem também nepotismo. A mulher, dois filhos e uma sobrinha do ministro trabalharam no órgão até a proibição do nepotismo. Foram demitidos, mas Sarney já recontratou a mulher do ministro.

A irmã de Sarney, Ana Maria da Costa Bastos, também traz em seu currículo um caso de nepotismo. Foi a única parente de Sarney que já trabalhou em seu gabinete.

Antes de Carreiro atuar no processo do TCU, Ana Maria recorreu e perdeu duas vezes no tribunal, nas câmaras que não têm como membro o ministro indicado por Sarney. No terceiro recurso, o relator Benjamim Zymler anunciou que iria votar contra Ana Maria, mas mudou o voto após Carreiro pedir vista e se tornar o revisor do processo.

OUTRO LADO

Carreiro disse que não houve conflito de interesse em julgar um processo da irmã de Sarney.

"O ministro não vê conflito de interesse na análise da auditoria nas obras citadas", diz a nota enviada pelo tribunal. Segundo a assessoria, Carreiro não recebeu nenhum pedido de Sarney sobre o caso.

O ministro disse ainda, na nota, que todas as suas alegações foram aceitas pelo plenário. "O ministro esclarece que trouxe ao plenário alegações de defesa que ainda não haviam sido analisadas pelo TCU e informa que sua proposta foi acolhida pelo ministro relator do processo e aprovada por unanimidade pelo plenário."

A Folha deixou recados no celular e na casa da advogada da irmã de Sarney, mas não obteve respostas.

Já Sarney afirmou, por meio de assessoria, que não houve influência no julgamento no TCU. Ele disse que não sabia do julgamento. "Para mim, a pergunta é novidade. Não sabia que minha irmã tivesse qualquer pendência no TCU."

Leia a reportagem completa na Folha desta terça-feira, que já está nas bancas.

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