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Na TV, programa de Serra critica confusão no Rio; Dilma ataca uso de 'continuidade'
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DE SÃO PAULO
O programa eleitoral de TV dos candidatos à Presidência iniciou com um depoimento de indignação na propaganda de José Serra (PSDB), onde a apresentadora disse ser "inaceitável o que aconteceu nesta quarta-feira no Rio".
A declaração diz respeito à pancada que Serra levou na cabeça durante confronto entre militantes do PSDB e do PT, ao participar de caminhada em Campo Grande, na zona oeste do Rio.
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De acordo com a apresentadora "militantes do PT apareceram para impedir Serra de fazer campanha". A propaganda ainda comparou o episódio à bandeirada que atingiu a cabeça do ex-governador de São Paulo, Mario Covas, durante manifestação no ABC paulista em 2000.
Ao exibir sua biografia, o programa do tucano ainda afirma que ele cresceu "com muito trabalho e muito esforço diferente da Dilma que nunca disputou uma eleição e só chegou aqui por causa de seu padrinho político".
Apesar de afirmar que "o novo Brasil é maior que este ou aquele partido", Serra acusa o presidente Lula de não ter trabalhado pelo saneamento básico do país.
O tucano contou com depoimento do pastor Silas Malafaia, do senador eleito Aécio Neves (MG), do governador eleito Raimundo Colombo (SC) e de Ilzamar Mendes, viúva de Chico Mendes.
O programa do candidato ainda adentrou a propaganda da adversária depois que Serra obteve direito de resposta contra afirmações de Dilma Rousseff (PT).
Quem apresenta a resposta é a mesma mulher que já havia criticado Dilma no programa do tucano, dizendo que a petista fez um "papelão" no primeiro turno e ironizava a sua estratégia de pedir votos para o eleitorado feminino.
Rebatendo as acusações de Dilma, ela afirma que Serra não privatizou a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), nem as outras 31 empresas de São Paulo, como a petista havia defendido em programa anterior. Ela finaliza ironizando que "se falasse a verdade a propaganda da Dilma evitava de passar esse carão".
PT
Com minutos de propaganda perdido, a petista inicia seu programa com a inserção onde acusa Serra de ter privatizado empresas federais, como a Vale.
O programa menciona o ato realizado por artistas e intelectuais em favor de Dilma, na última segunda-feira, no Rio de Janeiro. O ato, que tinha o intuito de "dizer não ao retrocesso que a candidatura de José Serra representa", colheu dezenas de declarações de apoio à petista.
No programa falam nomes como Chico Buarque, Ziraldo, Leonardo Boff, Luiz Carlos Barreto, Beth Carvalho, Osmar Prado, Alceu Valença, Margareth Menezes e Fernando Morais.
A candidata afirma que seu compromisso é "erradicar a pobreza no Brasil e honrar as milhões de mulheres".
Entre as promessas da petista estão a conclusão de obras em andamento e novas construções, ligadas especialmente ao transporte.
O programa finaliza questionando o uso de "continuidade", nova palavra adotada pelo adversário em sua campanha. O programa de Dilma afirma que "para ganhar o voto do eleitor, Serra diz que vai continuar os programas de Lula".
Defendendo que o tucano interrompeu mandatos e até programas de Alckmin, que é do mesmo partido, questiona: "Imagina o que ele não seria capaz de fazer com os programa de Lula e do PT?".
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