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31/10/2010 - 11h47

Trinta observadores internacionais acompanham eleições no DF

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DA AGÊNCIA BRASIL

As eleições no Distrito Federal (DF) contam com cerca de 30 observadores internacionais que visitam várias seções. Em um centro universitário de Brasília, os observadores ocuparam uma parte da sala, onde tiraram dúvidas sobre o processo eleitoral brasileiro com um representante do TRE (Tribunal Regional Eleitoral), enquanto do outro lado da seção eleitores votavam.

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Eles tiveram a oportunidade de conferir na prática como tudo funciona no dia das eleições. A maioria das dúvidas foi sobre a urna eletrônica. O embaixador do México, Alejandro de la Peña, afirmou que considera o processo "bom, confiável e com resultados rápidos". Segundo Peña, no México há testes em algumas regiões do uso de sistemas eletrônicos. Um dos aspectos que o impressionou no processo brasileiro foi o das penalidades para os eleitores que deixarem de votar. "No México, as sanções são mais suaves. São multas muito pequenas", disse.

No Brasil, o eleitor que não vota nem justifica a ausência é multado pela Justiça Eleitoral, não pode se inscrever em concurso público, tirar passaporte ou carteira de identidade, renovar matrícula em estabelecimentos públicos de ensino, obter empréstimos em instituições públicas ou participar de concorrência. Caso não vote em três eleições consecutivas, tem o título cancelado.

O embaixador da Tanzânia, Joram Mukama Biswaro, afirmou que hoje também é dia de eleições em seu país e que o processo no Brasil é "confiável". Assim também avaliou Harry Narine, de Guiana: "É impressionante. Acho que essa é a visão geral de todos que estão aqui", disse ele dentro da van que os conduziria para a próxima seção de votação do roteiro de visitas no DF. Segundo Narine, seu país pretende adotar a urna eletrônica.

O conselheiro político da União Europeia, Mário Rui Queiró, afirmou que o processo eleitoral brasileiro é "exemplo a ser levado em consideração por outros países".

Para o representante da Argélia, Slim-Ali, o processo no Brasil é muito organizado, mas ele gostaria de conhecer mais detalhes. "A gente não quer só olhar, quer saber como funciona todo o sistema". Slim-Ali disse que gostou do sistema biométrico, por considerar moderno.

NÚMERO MAIOR

O segundo turno das eleições terá um número ainda maior de observadores internacionais que o registrado no último dia 3 de outubro. De acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), serão 187 observadores estrangeiros de 45 países. No primeiro turno foram registrados 146 representantes de 36 países.

Os observadores para o segundo turno das eleições estão divididos entre 24 autoridades estrangeiras e 17 embaixadores que se registraram para acompanhar a votação. Eles acompanharão a votação no Distrito Federal, em São Paulo, Santa Catarina, no Paraná e Rio Grande do Sul.

O número de observadores do segundo turno supera em mais de nove vezes a média registrada desde 2002, de 20 observadores por eleição. O número de países representados também é mais expressivo que a soma de todas as nações registradas desde 2002 - 45 no segundo turno contra 35 na soma das eleições de 2002, 2004, 2006 e 2008.

Para Ricardo Caldas, cientista político da UnB (Universidade de Brasília), um dos motivos para o recorde de interesse é o resultado positivo da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Lula deixa o governo com uma gestão excelente, de ótimos índices econômicos e indicadores sociais brilhantes".

O especialista também acredita que o interesse internacional se deve ao fato de o presidente Lula ser um "socialista bem-sucedido". Segundo Caldas, o contexto internacional indica um fracasso recente dos socialistas, como a renúncia de Gordon Brown, do Partido Trabalhista da Inglaterra, em maio deste ano, e a eleição da conservadora Angela Merkel no lugar de Gerhard Schröder, do Partido Social Democrata da Alemanha, em 2005.

 

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