Publicidade
Publicidade
Oposição critica projeto que regula conteúdo de rádio e TV
Publicidade
DE BRASÍLIA
Parlamentares da oposição criticaram nesta terça-feira (7) a proposta do governo, batizada de Lei Geral da Comunicação Social, que cria um marco regulatório para o setor de telecomunicação e radiodifusão. O argumento principal é de que o texto representa uma censura a rádios e TVs.
A Folha teve acesso à primeira versão do projeto, que prevê a criação da ANC (Agência Nacional de Comunicação) em substituição à Ancine (Agência Nacional do Cinema). Uma das sugestões apresentadas pelo grupo de trabalho coordenado pelo ministro Franklin Martins autoriza o novo órgão a multar empresas que veicularem programação considerada ofensiva, preconceituosa ou inadequada ao horário.
"Esse julgamento implicará numa manifestação de uma posição ideológica em relação ao tema. Qual é o parâmetro? Isso é uma coisa sempre muito perigosa e descamba para a censura", disse o deputado João Almeida (BA), líder do PSDB na Câmara.
O líder do DEM no Senado, José Agripino (DEM-RN), fez ressalva semelhante: "Qualquer tentativa tem que ser vista com muito cuidado. A liberdade de imprensa é uma conquista da democracia brasileira. Esse governo tem um cacoete pelo cerceamento da liberdade", alfinetou o democrata.
De acordo com reportagem da Folha, para o governo, a agência não significa censura, porque o conteúdo será analisado depois de veiculado. Representantes do setor, porém, avaliam que a proposta abre brechas para cercear jornalismo e dramaturgia.
A minuta da proposta também proíbe que políticos com mandato sejam concessionários de rádio e TV --outro ponto criticado pela oposição. A lei de radiodifusão proíbe apenas que políticos ocupem cargos de direção nas empresas.
Para a oposição, a medida terá pouco efeito prático. "O que acontece normalmente é isso: a pessoa que está impedida transfere o controle ou as ações que tem para um terceiro e continua por trás manobrando igual", disse o líder do PSDB na Câmara.
O texto do Executivo tem cerca de 40 páginas e vem sendo mantido em sigilo. Nos últimos 12 anos, houve três tentativas de criação de uma nova lei de comunicação eletrônica de massa --todas engavetadas.
O deputado Fernando Ferro (PE), líder do PT na Câmara, defendeu a minuta da proposta. "O governo apresentar uma proposta não significa que seja a definitiva. Ela vai ser colocada em discussão e pode vir um substituto que represente expresse o resultado do debate. O que não pode é interditar o assunto como alguns setores fazem", disse o petista.
+ Canais
+ Notícias em Poder
- Bancada do DEM na Câmara defende que Gim Argello deixe relatoria do Orçamento
- Dilma convida deputado Pedro Novais para assumir Turismo
- Ministra do STF nega habeas corpus a presidente da Câmara de Angra dos Reis
- Justiça Eleitoral cassa mandato do prefeito e da vice de Cabo Frio (RJ)
- Decisão sobre caças fica para gestão Dilma
- Painel: DEM discute saída de Rodrigo Maia da presidência do partido
+ Livraria
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice