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15/01/2011 - 11h40

Promotoria acusa três por espionar rivais de Yeda

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GRACILIANO ROCHA
DE PORTO ALEGRE

O Ministério Público do Rio Grande do Sul pediu a abertura de processo contra o ex-chefe de gabinete da ex-governadora Yeda Crusius e dois policiais supostamente envolvidos com um aparelho clandestino de espionagem contra adversários políticos.

Na denúncia (acusação formal), o promotor Amílcar Macedo apontou indícios de que o ex-chefe de gabinete Ricardo Lied, 36, e o tenente-coronel da reserva da Brigada Militar Frederico Bretschneider Filho, 48, cometeram violação de sigilo funcional.

O pivô do escândalo, o sargento César Rodrigues de Carvalho, 39, foi acusado de concussão (extorsão praticada por funcionário público).

O escândalo veio à tona na campanha eleitoral. O sargento foi preso em setembro pelo setor de inteligência da Brigada Militar de Canoas por suspeita de extorquir contraventores da cidade.
A investigação apurou que Carvalho, lotado na Casa Militar, tinha acesso privilegiado ao banco de dados da Secretaria de Segurança.

Segundo o Ministério Público, entre 2009 e agosto de 2010 ele realizou mais de 10 mil consultas ao sistema para obter informações sigilosas sobre adversários --entre eles o então candidato ao governo Tarso Genro (PT)-- ou para monitorar investigações sobre membros do governo.

Em setembro, a Folha revelou que a Promotoria havia concluído que os dados eram encomendados ao araponga e entregues a Lied e Bretschneider, que na época ocupava cargo de confiança no gabinete da ex-governadora.

O oficial pediu exoneração após a prisão do sargento. Lied deixou o cargo para atuar na campanha do PSDB.

OUTRO LADO

A Folha não conseguiu localizar os denunciados nem seus advogados ontem.

No ano passado, o governo Yeda, Lied e Bretschneider negaram repetidas vezes que tivessem envolvimento com espionagem ilegal.

Em 2010, Carvalho disse que realizou as consultas no sistema por ordem superior.

Sua defesa também refuta que ele tenha recolhido propina de contraventores.

A assessoria do Ministério Público disse que Macedo não daria entrevista por causa do segredo de Justiça. O promotor se manifestou só pelo Twitter: "Tão logo seja levantado o sigilo, darei detalhes sobre a investigação".

 

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