Congresso suspende votações em plenário em homenagem a Alencar

O Senado suspendeu as votações em plenário até o final desta semana em razão da morte do ex-vice presidente José Alencar. Como o velório será realizado amanhã no Palácio do Planalto e o enterro em Minas Gerais, na quinta-feira, os parlamentares querem acompanhar as cerimônias fúnebres --o que motivou José Sarney (PMDB-AP) a suspender as atividades da Casa.

Na Câmara, o presidente Marco Maia (PT-SP) também decidiu suspender as votações desta semana. Alencar morreu às 14h41 desta terça-feira, aos 79 anos, no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, vítima de câncer.

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Os senadores fizeram um minuto de silêncio no plenário em homenagem a Alencar. A Casa realiza sessão plenária dedicada somente a discursos em homenagem a Alencar.

Sarney afirmou que o país perdeu um "gladiador pela vida", alguém que tinha coragem de "discordar, concordar, de ser solidário" nos oito anos em que foi vice-presidente da República.

"Ele deixa o seu exemplo pessoal, a sua correção, a maneira com que ele enfrentou a doença, com que lutou pela vida, com que soube sofrer, isso tudo é sem dúvida uma lembrança que o povo brasileiro jamais vai esquecer."

HOMENAGEM

O senador Lindberg Farias (PT-RJ) sugeriu ao ministro Alexandre Padilha (Saúde) para que o Inca (Instituto Nacional do Câncer) receba o nome de José Alencar --numa homenagem à luta do ex-vice presidente contra a doença, por mais de dez anos.

Segundo o parlamentar, o ministro vai encaminhar a sugestão à presidente Dilma Rousseff depois que ela retornar de viagem a Portugal.

Ex-presidente da República, o senador Itamar Franco (PPS-MG) disse que Alencar agiu durante toda a sua vida como um "guerreiro contra a sua doença". "Ele tinha algo que sentimos falta na vida pública nacional: era um homem que sempre defendeu os interesses do país."