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Inflação se aproxima do teto da meta estipulada pelo governo
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CIRILO JUNIOR
DO RIO
Combustíveis, transporte público e alimentos pressionaram o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) em março e colocaram a inflação oficial ainda mais perto do teto do centro da meta.
Em março, a inflação acumulada em 12 meses chegou a 6,30%, maior alta desde novembro de 2008, quando esse dado chegara a 6,37%, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
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A meta estipulada pelo BC (Banco Central) é de 4,50% para 2011, com tolerância de 2 p.p. (pontos percentuais), para cima e para baixo. Portanto, a inflação máxima tolerada é de 6,50% ao ano.
O IPCA subiu 0,79% em março. Trata-se da maior alta para o período desde 2003 --naquele ano, a inflação avançou 1,23%.
"Em geral, a inflação tende a cair de fevereiro para março, já que os reajustes dos colégios acontece nos dois primeiros meses do ano, e tem forte impacto", afirmou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de índice de preços do IBGE
A alta do álcool carregou junto a gasolina e pesou bastante no bolso do consumidor em março. A gasolina tem um volume de 25% de álcool misturado à sua composição.
Com a falta de açúcar no mercado internacional, aliado à entressafra da produção, o álcool acumula alta de 17,89% em 2011. No ano passado, a variação foi de 4,50% no mesmo período.
A reboque, a gasolina já acumula elevação de 3,13% no primeiro trimestre. Em igual período em 2010, essa variação foi de apenas 0,32% de janeiro a março de 2010.
Somente em março, o álcool subiu 10,78%, com influência de 0,04 p.p. dentro do índice do mês. Em período correspondente no ano passado, o produto tinha apresentado variação negativa de 8,87%.
Já a gasolina ficou 1,97% mais cara no mês passado, contribuição de 0,08 p.p. dentro do IPCA. Em março de 2010, teve queda de 1,95%. O item é o que tem segundo maior peso no orçamento das famílias, com influência de 3,92% no total das contas.
As tarifas de transporte público tiveram alta generalizada em março. As passagens de ônibus intermunicipais, por exemplo, subiram 1,47%, acelerando frente à elevação de 0,88% em fevereiro.
Andar de metrô ficou 3,81% mais caro na média das 11 regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE, depois de alta de 3,05% em fevereiro. Esse avanço foi influenciado especialmente pelo reajuste de 9,43% feito em São Paulo.
Passagens de trens e de ônibus urbanos aumentaram menos do que em fevereiro, mas ainda assim tiveram alta relevante.
As tarifas de trens tiveram incremento de 3,76% em março, depois de avançaram 4,69% no mês anterior. Tiveram influência dos reajustes autorizados em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Já os ônibus urbanos subiram 0,95% em março, após elevação de 1,30% em fevereiro.
ALIMENTOS
Ainda que estejam subindo menos do que em 2010, os alimentos acumulam variação significativa este ano. Variaram 2,15% de janeiro a março, ante 3,69% em igual período no ano passado.
Alimentos in natura pressionam o índice, por influência das chuvas ocorridas no início de 2011. O tomate, por exemplo, ficou 70,19% mais caro de janeiro a março. A cenoura aumentou 42,93% no período, e a cebola acumula elevação de 24,89%.
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