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Terceiro empresário confirma pagamento de propina em Campinas
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MARÍLIA ROCHA
DE CAMPINAS
Um terceiro empresário de Campinas (93 km de São Paulo) confirmou nesta quarta-feira (25), em depoimento ao Ministério Público Estadual, que pagou propina a agentes públicos da prefeitura local.
Gregório Wanderlei Cerveira, da empresa Hidrax, está preso desde a última sexta-feira (20), quando mais dez pessoas foram detidas numa operação do Ministério Público que investiga um esquema de direcionamento de licitações na Prefeitura de Campinas.
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Ontem, os empresários Alfredo e Augusto Antunes já haviam confirmado --segundo seu advogado, Edson Carneiro Júnior-- o pagamento de propina a Luís Aquino, ex-presidente da Sanasa (empresa mista de tratamento de água e esgoto).
"Ele disse que foi, de certa forma, forçado a entregar dinheiro para lobistas, que em tese repassariam para Aquino", afirmou o advogado Antônio Germano.
Segundo o advogado, no entanto, ao invés de repassar um percentual do faturamento da empresa, Cerveira pagava um valor fixo. "Era uma espécie de extorsão permanente para não perder contratos", disse Germano.
Segundo ele, entre 2005 e fevereiro de 2007, ano em que Cerveira se recusou a manter o esquema, foram pagos R$ 600 mil.
O depoimento ocorreu na tarde desta quarta, quando também houve uma acareação entre Aquino e um outro empresário preso temporariamente, que nega participação no esquema.
O advogado de Gregório Cerveira informou que pediu à Justiça a revogação da prisão temporária de seu cliente.
INVESTIGAÇÃO
O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público de Campinas, investiga denúncias de supostas fraudes em contratos públicos na cidade. Seis das 11 pessoas presas na última sexta continuam detidas.
Nove seguem foragidas, entre elas o vice-prefeito Demétrio Vilagra (PT), que pediu afastamento da Ceasa (Centrais de Abastecimento de Campinas S.A.) na segunda-feira (23). A previsão é que ele retorne de férias na Europa amanhã.
Os ex-secretários de Comunicação, Francisco de Lagos, e de Segurança Pública, Carlos Henrique Pinto, exonerados ontem (24), também são procurados pela Justiça.
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