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Suplente acusado de matar deputada em 1998 vai a júri popular
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SÍLVIA FREIRE
DE SÃO PAULO
Doze anos e meio depois de a deputada federal Ceci Cunha (PSDB-AL) ter sido assassinada, o TRF (Tribunal Regional Federal) da 5ª Região decidiu nesta quinta-feira (16) que os cinco réus acusados de matá-la serão levados a júri popular.
O ex-deputado federal Talvane Albuquerque é acusado de ser o mandante do crime, conforme a denúncia. Ele era adversário político de Cunha e assumiu a vaga na Câmara dos Deputados após a morte dela.
A deputada foi assassinada em dezembro de 1998, na noite em que foi diplomada para seu segundo mandato. Ela estava em frente à casa da irmã, em Maceió (AL), quando foi alvejada por tiros. Também foram mortos o marido da deputada, o cunhado e a mãe dele. Um sobrevivente disse que três homens fizeram os disparos.
Além de Albuquerque, quatro seguranças que trabalhavam com ele também serão julgados.
O ex-deputado sempre negou a acusação. Ele chegou a tomar posse, mas teve o mandato cassado no ano seguinte por quebra de decoro. Ele teve a prisão decretada logo após a cassação.
O advogado Welton Roberto, que representa o ex-deputado, disse que irá recorrer da decisão ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao STF (Supremo Tribunal Federal). Segundo ele, o processo deve ser considerado nulo por várias razões, como, por exemplo, cerceamento de defesa.
O juiz federal do TRF da 5ª Região, Marcelo Navarro, afirmou em seu voto, nesta quinta, que os acusados pretendiam um "rejulgamento" do assunto. Ele foi acompanhado em seu voto por todos os juízes da Terceira Turma do TRF.
O caso da morte de Ceci Cunha está sendo monitorado pela Corregedoria Nacional de Justiça desde o ano passado, juntamente com outros processos que tiveram grande repercussão e que estavam parados. O processo tem 29 volumes.
Segundo a Justiça Federal em Alagoas, depois de o processo ser devolvido à primeira instância, o júri pode ser realizado em quatro meses.
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