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PR formaliza saída do bloco governista no Senado
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GABRIELA GUERREIRO
DE BRASÍLIA
O PR formalizou nesta quarta-feira a saída do bloco do governo no Senado depois que a presidente Dilma Rousseff promoveu uma "limpeza" no Ministério dos Transportes, comandado pela sigla. Com a decisão, o partido fica livre para atuar de forma independente nas votações e decisões tomadas na Casa --sem ter que seguir a orientação do PT, principal partido do bloco.
A saída dos seis senadores do PR faz com que o bloco do PMDB passe a ser o maior do Senado --com 28 senadores, contra 24 do bloco liderado pelos petistas. Antes da saída do PR, o bloco do governo era integrado por 30 senadores do PT, PR, PDT, PSB, PC do B e PRB.
O PR formalizou o documento com o pedido para saída do bloco na Mesa Diretora do Senado. O senador Magno Malta (ES), líder do partido, disse que a decisão representa o "fim da cegueira" do partido apoiar todas as votações orientadas pelo Palácio do Planalto.
"A presidente é Dilma, ela que tem que dizer porque, por uma noticia de jornal, demitiu todo mundo. Todo tratamento tem de ser isonômico. Pau que dá em Chico também tem de dar em Francisco."
Malta disse que, se a presidente for demitir servidores com base em denúncias de jornal, "daqui a pouco o Palácio do Planalto vai estar desocupado". O líder do PR cobra a instalação de CPI para investigar denúncias de um esquema de corrupção no Ministério da Agricultura, controlado pelo PMDB, diante da ofensiva para uma CPI nos Transportes.
"Porque a imprensa não força a barra para ter uma CPI também na Agricultura?", questionou.
Segundo Magno Malta, o PR vai fazer um "apoio crítico" ao governo nas votações do Senado. "O que é bom é bom, o que não é, não é. Quando você é da base fica meio cego, do jeito que vem [do governo] a gente vota. Sair do bloco era o mínimo que o PR tinha de fazer por respeito próprio."
Ontem, ao explicar no plenário da Casa as denúncias de corrupção nos Transportes, o ex-ministro Alfredo Nascimento disse que o PR "não pode ser tratado como lixo". Nascimento deixou o cargo sob acusações de liderar um esquema de corrupção na pasta e retornou ao Senado com a promessa de esclarecer as acusações.
Apesar de deixar o bloco no Senado, o PR continua oficialmente na base de apoio da presidente Dilma. Atualmente, o governo reúne 64 senadores em sua base, contra apenas 17 da oposição e PSOL.
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