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05/08/2011 - 17h45

Parlamentares petistas repudiam Jobim por ataques a ministras

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GABRIELA GUERREIRO
DE BRASÍLIA

Deputadas e senadoras petistas divulgaram nesta sexta-feira (5) nota de repúdio ao ex-ministro Nelson Jobim por ter criticado as ministras Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais), o que resultou na sua demissão do cargo. Na nota, as petistas afirmam que as declarações de Jobim demonstram "profunda violência a todas as mulheres" e ao governo da presidente Dilma Rousseff.

"Nesta semana em que a Lei Maria da Penha completa cinco anos que foi sancionada, classificar as ministras como incompetentes e incapazes pode ser caracterizado como violência psicológica e moral", afirmam as senadoras.

A presidente da bancada feminina no Congresso, deputada Janete Pietá (SP), e a presidente da subcomissão do Senado em defesa da mulher, senadora Ângela Portela (RR), assinam a nota em nome das petistas.

"Queremos expressar nosso repúdio pela violência de um ministro que sempre desfrutou de todo o respeito e consideração das bancadas femininas na Câmara e no Senado Federal e que, pelo ataque verbal desnecessário, poderá criar um clima conflituoso que em nada contribuirá para a construção da democracia brasileira. Nós mulheres exigimos respeito."

As petistas afirmam que Jobim "atacou as ministras de forma machista e preconceituosa".

Em entrevista à revista Piauí, Jobim disse que Ideli "é muito fraquinha" e Gleisi "nem sequer conhece Brasília". As declarações do ministro irritaram a presidente Dilma, que pediu que o ministro entregasse o cargo na noite de ontem. Dilma nomeou Celso Amorim, ex-ministro de Relações Exteriores, para ocupar a pasta da Defesa.

Antes de deixar o cargo, Jobim negou que tenha se referido de forma pejorativa ao trabalho das ministras.

A situação de Jobim já havia ficado insustentável nos últimos dias após a declaração de que votou em José Serra nas eleições de 2010. A revelação foi feita no programa "Poder e Política - Entrevista", conduzido pelo jornalista Fernando Rodrigues no estúdio do Grupo Folha em Brasília. O projeto é uma parceria do UOL e da Folha.

 

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