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Pintura com imagem de ACM gera disputa na Bahia
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GRACILIANO ROCHA
DE SALVADOR
Deputados da Bahia travam uma discussão acalorada depois que um dos aliados do governador Jaques Wagner (PT) na Assembleia Legislativa propôs banir um painel que retrata o senador Antonio Carlos Magalhães (1927-2007) e seus aliados políticos.
O deputado do PT Paulo Rangel sugeriu que a obra que adorna o plenário da Casa fosse substituída por outra em que também aparecessem políticos que fizeram oposição a ACM, como o também petista Waldir Pires, ex-governador da Bahia e ex-ministro da Defesa. A proposta deixou os remanescentes do carlismo revoltados.
Com 16 metros de altura por 10 metros de largura, o óleo sobre madeira "Nosso Senhor do Bonfim" foi pintado por Carlos Bastos (1925-2004), um dos mais importantes modernistas da Bahia, e foi concluída em 1993. A obra foi retirada do plenário para ser restaurada.
Na época que o painel foi entregue à Assembleia, em 1993, ACM era governador e o carlismo era a força hegemônica na política local.
Rangel apelidou o quadro de "nau dos amigos" porque aparecem familiares do senador, aliados dele e ainda baianos ilustres como os escritores Jorge Amado e João Ubaldo Ribeiro, mas nenhum opositor.
"Outras personalidades baianas também fizeram história não aparecem porque eram adversárias deste grupo político. As pessoas diziam que Waldir Pires não aparecia porque estava olhando o mar do outro lado do barco [da pintura]", queixou-se.
A proposta do petista causou alvoroço e ele foi acusado de querer adulterar a obra --substituindo aliados de ACM por petistas no quadro, como o governador Jaques Wagner. Rangel nega.
Herdeiro político do carlismo, o deputado federal ACM Neto (DEM) ironizou a proposta: "Na Bahia, o PT quer aparelhar até obra de arte".
Segundo ele, a intenção do partido é tentar "apagar o senador da memória dos baianos".
Não é a primeira polêmica entre o PT e o legado de ACM. Em junho, a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou projeto de Luiz Alberto (PT-BA) para que o aeroporto de Salvador, que leva o nome do deputado Luís Eduardo Magalhães, volte a se chamar Dois de Julho, em alusão à "independência da Bahia".
O destino do painel depende da Mesa Diretora. A Folha não conseguiu localizar o presidente da Assembleia, Marcelo Nilo (PDT).
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