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18/08/2011 - 17h08

Familiares de extrativistas mortos no PA relatam ameaças

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FÁBIO GUIBU
DE RECIFE

Familiares do casal de extrativistas José Claudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva, assassinados em 24 de maio no assentamento Praialta Piranheira, em Nova Ipixuna (PA), afirmaram nesta quinta-feira (18) que pessoas não identificadas rondaram por dois dias a casa de uma irmã de Maria e feriram a tiros um cachorro da família.

A casa fica no mesmo assentamento onde as vítimas viviam, em um lote vizinho ao delas. O lavrador José Maria Gomes Sampaio, cunhado da extrativista assassinada, estava no local e ouviu a movimentação de pessoas do lado de fora e tiros durante a madrugada.

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Segundo uma das irmãs de José Cláudio, Claudelice Silva dos Santos, o lavrador contou a ela que ficou escondido em casa e que só saiu de manhã, quando viu então o cachorro ferido em uma das patas traseiras.

Um dia antes, o agricultor já havia notado sinais de movimentação ao redor da casa, como pegadas na terra. Para Claudelice, o que ocorreu foi um atentado, e o alvo seriam os familiares dos extativistas. "Com certeza eles queriam acertar alguém, mas balearam o cachorro."

Os familiares dos extrativistas deixaram o assentamento dias após a morte do casal, por temer novos atentados. "Estávamos voltando aos poucos, mas depois disso, não tem mais jeito", afirmou.

"A situação continua tensa", declarou Claudelice. Ela disse que irá a Brasília na próxima semana para se reunir com representantes do governo federal e de movimentos ambientalistas para discutir a situação no interior do Pará e o processo sobre a morte do casal.

Três homens supostamente envolvidos no crime tiveram prisão preventiva pedida pela Polícia Civil do Pará em julho, mas até agora eles não foram encontrados. A família das vítimas reivindica a federalização do caso.

 

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