Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
29/08/2011 - 19h18

Ministério Público pede proteção a lideranças ameaçadas no PA

Publicidade

DO VALOR ONLINE

Procuradores da República em Belém, Marabá e Altamira, no Pará, solicitaram investigação e proteção urgentes a lideranças ameaçadas por madeireiros, grileiros e pistoleiros em ofícios enviados à Polícia Federal e a autoridades de segurança pública do Pará.

Raimundo Belmiro, da Reserva Extrativista Riozinho do Anfrísio, em Altamira, e familiares do casal José Cláudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo, em Nova Ipixuna, têm sofrido ameaças de morte. O casal foi assassinado no dia 24 de maio, em uma emboscada.

Familiares de extrativistas mortos no PA relatam ameaças
Justiça decreta prisão de suspeitos de matar extrativistas no PA
Procuradoria pede federalização de caso sobre mortes no Pará
Família de extrativistas mortos no PA pede afastamento de juiz

O procurador Cláudio Terre do Amaral pediu abertura de inquérito criminal para apurar ameaças a Raimundo Belmiro, que vem denunciando ameaças de madeireiros. Segundo Belmiro, eles estão invadindo a Reserva Extrativista do Riozinho do Anfrísio para derrubadas ilegais de árvores.

De acordo com o Ministério Público, teriam oferecido R$ 80 mil por sua morte.

O procurador recomenda que Raimundo Belmiro seja ouvido pela PF e que o Instituto Chico Mendes, responsável pela administração da reserva, envie informações e documentos sobre as invasões de madeireiros e a presença de pistoleiros na área.

Os procuradores Tiago Rabelo, de Marabá, Ubiratan Cazetta e Felício Pontes Júnior, de Belém, também pediram às secretarias de Segurança Pública e de Justiça e Direitos Humanos do Pará a inclusão em programas de proteção de testemunhas familiares do casal José Cláudio e Maria do Espírito Santo.

Eles foram ameaçados possivelmente pelos mesmos criminosos que assassinaram o casal, em um assentamento em Nova Ipixuna.

IMPUNIDADE

O duplo homicídio do casal de ambientalistas, ocorrido em 24 de maio, completou três meses sem que os executores ou mandantes tenham sido presos. A Polícia Civil do Pará chegou a anunciar as identidades dos assassinos, mas eles permanecem foragidos.

As famílias de Laisa Santos Sampaio, irmã de Maria do Espírito Santo, e de Claudelice Silva dos Santos, irmã de José Cláudio, sofreram ameaças recentemente. No último episódio, tiros foram disparados perto da casa de Laísa e atingiram o cachorro da família.

O procurador Tiago Rabelo, de Marabá, recorreu ao TR (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região, em Brasília, para que a Justiça Federal passe a atuar no caso.

Segundo a Procuradoria, o motivo dos assassinatos foi a invasão de grileiros em lotes do assentamento. Como as terras são da União, o caso deve tramitar na esfera federal. Até agora, o tribunal não distribuiu o caso. Só depois da distribuição o TRF poderá arbitrar a quem cabe a competência para julgar o caso.

France Presse
José Claudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva foram mortos em 24 de maio
José Claudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva foram mortos em 24 de maio
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página