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Dilma aceita demissão de ministro do Turismo, 5º a deixar governo
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ANA FLOR
FLÁVIA FOREQUE
DE BRASÍLIA
O ministro Pedro Novais (Turismo) entregou sua carta de demissão à presidente Dilma Rousseff às 18h15 desta quarta-feira. Ele esteve no gabinete de Dilma na companhia do vice-presidente da República, Michel Temer.
A ministra Helena Chagas (Comunicação Social) confirmou que a demissão foi aceita pela presidente.
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Novais, que estava reunido com Temer e o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Henrique Alves, na vice-presidência, foi ao gabinete de Dilma. Temer o acompanhou.
Novais permaneceu apenas cinco minutos na sala. Deixou o local pelo elevador ministerial. Temer permaneceu com Dilma por mais 10 minutos no gabinete.
Segundo o Planalto, o novo nome deve sair nas próximas horas e "é provável" que seja um nome escolhido pela bancada do partido na Câmara dos Deputados.
O Ministério do Turismo divulgou uma carta no início da noite confirmando o pedido de demissão.
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Pouco antes, ao deixar o Palácio, Alves afirmou que Novais irá responder a todas as denúncias, mas preferiu deixar o cargo porque o processo "vai demandar aborrecimentos, constrangimentos e tempo", e Novais não queria que o Ministério do Turismo fosse penalizado.
O líder do PMDB na Câmara disse que a presidente deixou a cargo do partido a escolha do novo ministro. O líder seguiu para a Câmara dos Deputados tratar do tema. "O vice-presidente Michel me pediu que, diante das circunstâncias, ele achava que oferecêssemos alternativas", disse ele. Havia resistências quanto a um nome da Câmara.
"É até bom para mostrar à presidente Dilma e ao governo que o partido tem vários quadros qualificados", disse Henrique Alves.
Entre os nomes defendidos pela bancada, estão o de Manoel Junior (PB) e Marcelo de Castro (PI). Segundo peemedebistas, o nome de Castro sofre resistências no governo.
CRISE
A situação de Novais ficou insustentável no Planalto e dentro de seu próprio partido depois de duas revelações da Folha: a de que ele pagou com dinheiro público o salário de sua governanta por sete anos e a de que sua mulher usa irregularmente um funcionário da Câmara dos Deputados como motorista particular.
Ele estava em situação delicada desde o começo de agosto quando uma operação da Polícia Federal prendeu 37 pessoas, incluindo o então secretário-executivo do Ministério do Turismo, Frederico Costa.
Logo após a sua nomeação, em dezembro de 2010, o jornal "O Estado de S. Paulo" revelou que Novais usou R$ 2.156 da sua cota parlamentar para pagar despesas de um motel em São Luís, em junho do ano passado.
No mesmo mês, a Folha mostrou que Novais foi flagrado em escutas da Polícia Federal pedindo ao empresário Fernando Sarney que beneficiasse um aliado na Justiça Federal.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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