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14/09/2011 - 19h38

Para oposição, saída de Novais mostra que faxina é marketing

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DE SÃO PAULO

O líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Duarte Nogueira (SP), afirmou que a saída de Pedro Novais do Ministério do Turismo é mais uma prova de que a "faxina da presidente Dilma Rousseff é apenas marketing".

"A permanência do ministro no cargo, que já estava complicada depois da prisão de 38 pessoas, foi se agravando com a enxurrada de denúncias envolvendo convênios e contratos e se tornou insustentável nos últimos dias. Todo esse processo durou mais de um mês, o que demonstra que a faxina da presidente Dilma não é para valer", disse o tucano.

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Novais entregou sua carta de demissão à presidente às 18h15 desta quarta-feira. Segundo o Planalto, o novo nome deve sair nas próximas horas e "é provável" que seja um nome escolhido pela bancada do partido na Câmara dos Deputados.

Para Duarte Nogueira, as investigações devem continuar mesmo com a saída.

"Em 100 dias, cinco ministros foram afastados, sendo quatro por envolvimento em denúncias de irregularidades. A crise paralisou o governo. A presidente Dilma precisa, de fato, fazer uma limpeza. O país não pode ser prejudicado por uma crise que é do governo", disse.

O líder do PPS na Câmara, deputado federal Rubens Bueno (PR), afirmou que a queda não encerra a apuração de acusações de corrupção e desvio de verbas na pasta.

"Essa armadilha montada no Ministério do Turismo para desviar dinheiro público precisa ser desarmada.", afirmou o deputado, que defende a abertura de uma CPI da Corrupção no Congresso.

O deputado defende também que a PGR (Procuradoria Geral da República) abra uma investigação para apurar a conduta do ministro.

Segundo ele, o PPS estuda, com outros partidos da oposição, pedir no Conselho de Ética da Câmara a cassação do mandato de Pedro Novais, que retorna a Casa após saída do ministério.

CRISE

A situação de Novais ficou insustentável no Planalto e dentro de seu próprio partido depois de duas revelações da Folha: a de que ele pagou com dinheiro público o salário de sua governanta por sete anos e a de que sua mulher usa irregularmente um funcionário da Câmara dos Deputados como motorista particular.

Ele estava em situação delicada desde o começo de agosto quando uma operação da Polícia Federal prendeu 37 pessoas, incluindo o então secretário-executivo do Ministério do Turismo, Frederico Costa.

Logo após a sua nomeação, em dezembro de 2010, o jornal "O Estado de S. Paulo" revelou que Novais usou R$ 2.156 da sua cota parlamentar para pagar despesas de um motel em São Luís, em junho do ano passado.

No mesmo mês, a Folha mostrou que Novais foi flagrado em escutas da Polícia Federal pedindo ao empresário Fernando Sarney que beneficiasse um aliado na Justiça Federal.

Editoria de Arte/Folhapress
 

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