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03/10/2011 - 19h38

Justiça cassa mandato de prefeito de Marabá por 'caixa 2'

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FELIPE LUCHETE
DE SÃO PAULO

Cotada para ser capital do Estado de Carajás, caso o Pará seja dividido, a cidade de Marabá (região sudeste) está sem prefeito nesta segunda-feira (3) depois que a Justiça Eleitoral cassou o mandato do prefeito e de seu vice.

Esse é o entendimento da juíza Cláudia Favacho, que determinou na manhã de hoje o imediato afastamento do prefeito Maurino Magalhães de Lima (PR) e do seu vice, Nagilson Rodrigues Amoury (PTB), pela prática de "caixa dois" durante a campanha eleitoral de 2008.

A assessoria de imprensa de Magalhães declarou que ele não foi notificado e continua no cargo, mas a juíza disse à Folha que qualquer ato assinado por ele a partir da sentença não tem validade.

A decisão judicial deu 24 horas para que o segundo colocado nas urnas em 2008, João Salame Neto (PPS), diga se aceita assumir a cadeira. Salame Neto, porém, que é deputado estadual, afirmou à reportagem que não pretende renunciar ao cargo atual.

Se aceitasse, ele teria de deixar também a presidência da frente que defende a criação de Carajás, no plebiscito marcado para 11 de dezembro.

A defesa de Magalhães alega que conseguiu uma liminar do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) que suspende a tramitação do processo. Mas, segundo a juíza, a decisão chegou tarde, depois que a sentença havia sido publicada.

CAIXA DOIS

De acordo com a Justiça, o ex-prefeito e seu vice deixaram de declarar a doação de R$ 15 mil às vésperas da eleição de 2008. O dinheiro foi recebido em espécie pela irmã de Amoury, que era assessora jurídica da campanha.

O advogado de Magalhães, Fábio Sabino Rodrigues, disse que a liminar tem validade e, portanto, suspende a sentença da juíza.

Ele afirmou ter estranhado a ªtramitação muito célereº da sentença que levou à cassação. Rodrigues nega que a doação tenha sido feita e disse que durante o processo não foram apresentados indícios de irregularidades.

 

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