Líder supremo do Irã pede que muçulmanos defendam Gaza
Em seu discurso de celebração pelo fim do Ramadã, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, exortou os muçulmanos a armar os palestinos para que estes possam resistir aos ataques de Israel. O aiatolá qualificou como "genocídio" a ofensiva na faixa de Gaza.
Khamenei também acusou os Estados Unidos e a Europa de fazerem esforços no sentido de limitar a capacidade militar dos combatentes palestinos. Referindo-se a Israel como "besta sem piedade", "cachorro louco" e "lobo ávido", ele disse que a humanidade deve reagir.
"É um genocídio, uma catástrofe de dimensões históricas. Eles bombardeiam inocentes dia e noite. Estes homens, mulheres e crianças se defendem com um mínimo de recursos", completou.
O aiatolá –autoridade máxima política a religiosa do Irã que está no poder desde 1989– incentivou o "mundo islâmico" a fazer tudo o que for possível para armar a população palestina. O Irã apóia o grupo terrorista Hamas, que controla a faixa de Gaza desde 2007.
O último balanço eleva o número de vítimas fatais no conflito entre Israel e o Hamas a 1.087, a maioria civis do lado palestino. Israel perdeu 53 soldados e três civis, mortos por um ataque de foguetes do Hamas –ataques sistemáticos que foram o motivo alegado por Israel para começar a ofensiva em Gaza.
O líder iraniano rejeita a ideia da convivência entre duas nações na região da Palestina, apoiando oficialmente a existência de um único Estado muçulmano. As relações do Irã com a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) começaram ainda na Guerra dos Seis Dias, em 1967, e intensificaram-se e partir da Revolução Iraniana de 1979.
O Irã também apóia o governo do Hamas em Gaza, tendo ajudado financeiramente após a crise enfrentada pela região em 2006. Mais recentemente, o país de Khamenei foi acusado de fornecer armas para o grupo palestino, considerado uma organização terrorista pela maioria dos países ocidentais.