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Sindicato reprova proposta de reajuste do governo a professores
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DE SÃO PAULO
A Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) divulgou um comunicado em que reprova a proposta do governo federal de reajuste para os professores de universidades e institutos federais. A categoria está em greve há quase dois meses.
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Cada instituto e universidade deverá fazer assembleia nos próximos dias para decidir se aceita a proposta. Os resultados deverão ser repassados para a Andes, que voltará a se reunir com representantes do governo federal na próxima segunda-feira (23).
A proposta do governo prevê reajuste salarial entre 12% e 40% aos docentes em três anos. Somado a aumento já concedido em março, o reajuste máximo chega a 45%. O sindicato, porém, afirma que os cálculos do governo foram feitos sobre um valor já defasado e que desconsidera a inflação do período.
A Andes afirma ainda que o maior percentual proposto atingiria uma porção muito pequena de professores. Os maiores reajustes serão concedidos a docentes com maior titulação. Doutores, por exemplo, terão de 30% a 40%. Já os professores com título de mestre, de 25% a 27%.
Já quanto a reestruturação da carreira, que corresponde a uma das principais reivindicações dos docentes, a Andes afirma que a evolução de etapas proposta pelo governo não segue um padrão e que em alguns casos resulta em reajustes muito pequenos, enquanto em outros leva a reajustes maiores.
Pela proposta, serão reduzidas as etapas para se atingir o topo da carreira dos atuais 17 degraus para 13.
O governo enfrenta uma onda de greves e paralisações de servidores. Os professores, vinculados ao MEC, foram os primeiros a receber uma proposta concreta. A pasta era comandada, até janeiro, pelo petista Fernando Haddad, candidato à Prefeitura de São Paulo nas eleições deste ano.
De acordo com a categoria, 57 das 59 universidades federais aderiram a greve, além de 34 dos 38 institutos.
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