Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
Publicidade

Serafina

Humoristas se fantasiam e riem de si mesmos

Mais opções

Sete atores-humoristas brasileiros se despem, se vestem e riem de si mesmos, subvertendo seus próprios personagens e personas para em ensaio especial da Serafina.

Confira galeria de fotos com os comediantes

ÂNGELA DIP
Há três meses, a gaúcha completou 50 anos. Está há 28 em São Paulo e seu personagem mais lembrado, a "toda cor-de-rosa" Penélope, do "Castelo Rá-Tim-Bum", já tem 18 anos. Com a peça "O Barril", na qual se molda em 45 posições diferentes, está em cartaz há 14... E ela confessa que esse negócio de números é uma obsessão. Números e "pin-ups". Seu próximo espetáculo estreia neste ano e se chama "Pin-Up Comedy". Também é louca por comediantes de filmes mudos. "Amo o Buster Keaton porque ele é sério, ele não ri!" E por cremes. "Se não tenho nada para fazer, passo creme." Ao lado de Juan Alba, ela reestreia a comédia musical "Sabor a Freud" neste mês, no Teatro Vivo. E segue em turnê pelo interior paulista com o "stand-up" "La Putanesca".

TATÁ WERNECK
A carioca de 28 anos trocou o Rio por São Paulo e o teatro pela MTV. E revelou-se, de dois anos para cá, uma das humoristas mais anárquicas do país. De pensamento e fala rápidos e figura pequenina, parece uma "bonequinha", diriam os desavisados. Mas Talita Werneck Arguelhes, publicitária de formação, comediante por vocação, não seria uma boneca como outra qualquer.

"A noiva do Chucky é a minha cara; amei buscar uma verdade numa coisa totalmente caricatural, sem vida aparente. Sou toda caras e bocas." E diabólica, dissimulada, ataca quando menos se espera. "Essa é a graça dos filmes de terror com brinquedos assassinos", acredita. Além de aparecer todas as quintas-feiras, às 22h30, no "Comédia MTV", seu espetáculo "5ª Categoria", está em turnê pelo Brasil.

Miro / Fujocka Photodesign
Tatá Werneck apresenta o "Comédia MTV", na emissora musical e inspira-se na noiva de Chucky
Tatá Werneck apresenta o "Comédia MTV", na emissora musical e inspira-se na noiva de Chucky

MARCELO MÉDICI

Maratonista seria uma boa descrição para o paulistano de 40 anos, que troca de roupa e de atitude mais de 20 vezes em suas duas peças em cartaz em São Paulo. A primeira, "Eu Era Tudo pra Ela e Ela Me Deixou", está no teatro Faap. E seu maior sucesso, o monólogo "Cada Um com Seus Pobrema", voltou ao shopping Frei Caneca, às terças e quartas.

Lá atrás, em 1993, consta do currículo de Marcelo uma montagem de "Laranja Mecânica", dirigida por Olayr Coan. "Foi a primeira adaptação feita no Brasil", conta. "Eu era o policial que fazia lobotomia no Alex." Neste ensaio, encarna Alex, o protagonista violento e perturbado do longa de Stanley Kubrick (e do livro de Anthony Burgess). "Nem todo ator consegue fazer comédia, mas todo comediante precisa ser bom ator", define.

MARIANNA ARMELLINI

A paulistana de 33 anos pode ser vista às quartas no Multishow, no programa "Olívias na TV". No resto da semana, viaja com o espetáculo "Mulheres com X", ao lado das colegas Cristiane Wersom, Renata Augusto e Sheila Friedhofer, do coletivo "As Olívias". A inspiração, claro, vem da namorada do marinheiro Popeye.

"Minha mãe não me deixava ir de Olívia Palito às festas à fantasia. Eu tinha que ser princesinha, alisar o cabelo", desabafa. Foi pensando nesse estereótipo que ela criou, com três amigas de faculdade "altas e magrelas", o grupo que inspirou a foto. "Como não sou linda, sempre fui levada a ser mais perua, não podia assumir minha magreza, minha esquisitice. A Olívia Palito é como a Marilyn Monroe para mim."

MÁRCIO BALLAS

Aos 40, o paulistano diz com orgulho: "sou um palhaço". Essa é a profissão escolhida por esse ator, fã do grupo inglês Monty Python e do mímico norte-americano Avner Eisenberg. E que já integrou os Doutores da Alegria e os Palhaços sem Fronteiras ("Clowns sans Frontières"), fazendo graça em meio à guerra, em lugares como Kosovo e Madagáscar.

"Pense num lugar em conflito, onde não acontece nada nem chega ninguém além de médicos, e de repente aparece uma trupe com uns caras esquisitos, montando o palco... Era sempre estranho e bom, recompensador", lembra.

Um dos criadores do grupo Jogando no Quintal, Ballas atualmente está em cartaz no teatro Comedians, em São Paulo, com "Noites de Improviso", às quartas-feiras, e no programa "Cante se Puder", do SBT, também nas noites de quarta.

MARCO LUQUE

O paranaense de 37 anos já jogou em um time de futebol da segunda divisão na Espanha, mas não aguentou a rotina. Voltou ao Brasil com a intenção de virar artista plástico, migrou para o teatro e caiu no humor. "Durante uns três anos da minha vida, me garanti sendo palhaço", conta.

A experiência nos campos deu fôlego ao humorista. Vive cinco personagens no espetáculo "Labutaria", às terças-feiras, no teatro Procópio Ferreira. Seus personagens Jackson Five e Silas Simplesmente estão na rádio Mix FM. E faz parte do elenco do programa "CQC", da Band. Nas páginas de Serafina, homenageia o cantor Wando (1945-2012). "Uma vez ganhei uma carta de uma fã escrita em uma calcinha. Mas, como a carta era grande, veio numa calçola de vovó. Nas de hoje não caberia nada."

RAFINHA BASTOS

Quase dois metros de altura, 35 anos de idade. A trajetória humorística de Rafinha Bastos, nome que arrepia o cabelo de muita gente por aí, começou por acaso, nos EUA. Ele se mudou para lá nos anos 1990 para tentar a sorte como jogador de basquete. Menos agressivo nas quadras que nos microfones, não deu certo como esportista, mas criou um site para suas piadas, a "Página do Rafinha". E pronto: tinha uma nova profissão.

Anos depois, em São Paulo, abriu a primeira casa dedicada ao "stand-up" do país, a Comedians, na rua Augusta. Agora, se prepara para estrelar e produzir a versão brasileira do programa norte-americano "Saturday Night Live", na Rede TV!. E no canal pago FX, estreia, em maio, o reality "A Vida de Rafinha Bastos".

Mais opções

Livraria da Folha

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Envie sua notícia

Siga a folha

Livraria da Folha

Publicidade
Publicidade
Voltar ao topo da página