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Serafina

Curadora do MoMA ajuda brasileira a levar projeto para os EUA

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A cabeça de Denise Milan parece organizada de um jeito diferente. A artista vai de um assunto a outro com rapidez e pode deixar o interlocutor tonto. A ela, no entanto, nada escapa.

Com ares de 'CSI', obra de 150 anos é a primeira do Masp a ser restaurada

Do mesmo jeito, encara seu trabalho. São muitos projetos ao mesmo tempo, diversas mídias e materiais. Os temas são abrangentes: a natureza, o homem, a vida, o universo. "Tudo é processo", diz Denise, 58, que traduz à perfeição a ideia de que as mulheres são o animal multitarefa por excelência.

Hoje, está em cartaz no Chicago Cultural Center, nos EUA, com a exposição "Mist of Earth", que reúne fotocolagens e esculturas com apelo ecológico criadas a partir da experiência na comunidade de Cairuçu, próxima a Paraty (RJ).

Acaba de apresentar a série "A Linguagem das Pedras" em Assis, na Itália, onde tam-bém deixou uma de suas escul-turas permanentes. E estuda como levará aos EUA um projeto de arte-educação que criou em parceria com o Sesc, o "Espetáculo da Terra".

O projeto, que teve coordenação da arte-educadora Rosa Iavelber e da analista educacional Carla Govêa, formulou cursos de arte para uma turma de 800 crianças, adolescentes e professores de comunidades de baixa renda. E, no lugar de provas e formatura, aconteceu um grande espetáculo, com apresentação para os pais e amigos dos alunos.

A adaptação para os EUA, ainda em fase embrionária, conta com o entusiasmo e a consultoria de Wendy Woon, diretora de educação do MoMa de Nova York, e com o apoio de líderes comunitários norte-americanos.

Nascida em São Paulo em uma família de ascendência libanesa, Denise percorreu um caminho heterodoxo para chegar à arte, com início na economia. "Hoje, é engraçado pensar que sou da mesma turma de faculdade de Aloízio Mercadante", diz ela, que abandonou o curso em 1977.

PEDRAS

Foi procurar seu rumo no exterior. Primeiro na Espanha, onde estudou dança e deu os primeiros passos em direção às artes visuais. Depois, em Nova York, onde descobriu o teatro e passou a experimentar materiais concretos.

De volta ao Brasil, em 1981 teve a primeira mostra individual, na Galeria São Paulo. De lá para cá, seu trabalho evoluiu para elementos naturais, descobriu a pedra e o cristal.
Rodou o mundo com exposições e instalações, algumas em coautoria com o engenheiro e designer Ary Perez, com quem foi casada por 26 anos.

Neste ano, ao visitar a mostra de Chicago, demonstra entusiasmo juvenil. "Olha aqueles dois ali, como estão curtindo", diz, enquanto tira o celular para registrar o momento e publicar no Instagram. "Isso aqui é um sonho antigo. Acho que meu trabalho deu um salto, sinto uma liberdade intensa", sorri.

Satisfeita, diz que não se interessa por firmar sua atenção em um único projeto.

"Seria muito chato, entediante." Tudo o que ela não é.

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