Serafina
Ex-governador da Califórnia, Schwarzenegger volta a viver 'fortão' cômico no cinema
Numa cena da comédia "O Último Desafio" (estreia em 18/1), Arnold Schwarzenegger aparece se levantando depois de uma briga. Alguém pergunta: "Como se sente, xerife?" E ele: "Velho!" Aos 65 anos, o ex-fisiculturista e ex-governador da Califórnia retorna ao posto que lhe rendeu maior visibilidade: astro de filmes de ação.
- Vilão de 'Bastardos Inglórios' concorre ao Globo de Ouro por novo filme de Tarantino
- Sally Field concorre ao Globo de Ouro como mulher de Abraham Lincoln
- Ruiva descoberta por Al Pacino é indicada ao Globo de Ouro de melhor atriz
- Atriz indicada a três Oscar vive mulher de Roosevelt nas telonas
Na vida real, apesar de estar em ótima forma, às vezes fica frustrado. "Eu lembro como era esquiar o dia inteiro e não sentir dores depois", conta em entrevista, em Atlanta, onde já rodava outro filme, "Ten". Seus braços estavam cobertos de tatuagens falsas e pequenos arranhões. Coisas do ofício.
No filme que estreia agora, com Rodrigo Santoro, o austríaco volta a liderar o elenco como um xerife que precisa impedir a passagem de um traficante por sua pequena cidade.
Arnold já tem vários outros projetos anunciados, inclusive uma nova versão de "Conan". E conta que, nos oito anos em que ficou afastado das telas, não sentiu a menor falta. "Pelo contrário. Quando visitava um set, sentia que nunca mais ia querer fazer aquilo de novo. Pensava: 'Gosto muito dos meus ternos, amo minhas gravatas, adoro fazer meus discursos'."
Mas, quando seu segundo mandato como governador da Califórnia acabou, em 2011, as ofertas começaram a aparecer. Aos montes. "Essas coisas são muito viciantes. Eu tive o luxo de passar de um campo para outro com muito conforto." Com a fundação do Instituto Schwarzenegger na Universidade do Sul da Califórnia, continua envolvido com política. "Minha questão sempre foi: Como juntar democratas, republicanos e liberais e usar o poder cerebral de todos para o bem do público, em vez do dos partidos?"
Mesmo depois de tantos anos fora da Áustria, Arnold sente-se meio europeu, meio americano. "É por isso que, quando eu estava na política, ninguém me entendia." Se tomava decisões como um europeu, como defender o sistema de saúde, diziam que era seu lado democrata. E sua face mais americanizada era a republicana ""seu partido, originalmente.
"Falavam que eu estava virando democrata porque dormia com uma Kennedy", conta, referindo-se à ex-mulher, Maria Shriver. O casal se separou em 2011, depois de Arnold admitir um filho gerado fora do casamento, com a empregada que trabalhava em sua casa. Ele menciona o assunto em sua autobiografia, "Total Recall", lançada em outubro, dizendo que foi um caso de uma noite só.
Nos EUA, isso atrapalha uma carreira na política. Há outro empecilho: a Constituição impede estrangeiros de serem presidentes. "Eu concorreria num segundo", admite o fortão.
Sam Jones | ||
Após governar a California duas vezes, Arnold Schwarzenegger volta a viver um fortão meio cômico no cinema |
Livraria da Folha
- Volume da coleção "Histórias Secretas" revela lado sombrio da Bíblia
- 'Manual da Redação' reúne normas de escrita e conduta da Folha de S.Paulo
- Mais de 70 receitas de pratos, sobremesas e drinques à base de ovo
- Com narrativa irônica, 'Manual da Demissão' aborda crise e desemprego
- Cortella reflete sobre sucesso e competência em "A Sorte Segue a Coragem!"