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16/12/2012 - 04h49

Atriz indicada a três Oscar vive mulher de Frankiln Roosevelt nas telonas

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MARIANE MORISAWA
DE TORONTO

Bill Murray levou um susto ao ver Laura Linney pela primeira vez em suas próprias roupas. "Como ela é sexy!", disse, surpreso, a um grupo de jornalistas. É uma prova do talento da atriz, que, em "Um Final de Semana em Hyde Park" (estreia dia 1/2), interpreta Daisy, uma mulher que teve um relacionamento especial com o presidente americano Franklin Roosevelt (1882-1945), personagem de Bill Murray (que concorre ao Globo de Ouro como melhor ator de comédia ou musical pelo papel). As mulheres ao redor dos presidentes americanos estão em alta nesta temporada.

O filme de Roger Michell (de "Um Lugar Chamado Notting Hill") se passa em 1939, quando o rei George 6º (de "O Discurso do Rei"), foi à casa de veraneio do presidente americano, junto com a esposa, a rainha Elizabeth, para pedir apoio na guerra prestes a eclodir com a Alemanha.

Hendrik Kerstens
Com três indicações ao Oscar, a atriz Laura Linney vive a mulher do presidente Lincoln em seu próximo trabalho
Com três indicações ao Oscar, a atriz Laura Linney (foto) vive mulher do presidente Roosevelt

Daisy, apelido de Margaret Suckley, é uma prima distante que se torna muito próxima de Roosevelt --o filme sugere que foram amantes. A relação só foi descoberta depois da morte dela, em 1991, nas cartas trocadas entre os dois.

"Ela não gostava de atenção nem fazia publicidade de seu relacionamento. Nunca falou sobre isso. E olha que viveu cem anos!", disse Laura à Serafina, no Festival de Toronto. "Imagine a disciplina!"

A atriz destaca as diferenças entre a época atual e a do filme, também marcada por uma crise econômica. "Era um mundo [distinto] antes da internet e das mídias sociais, as notícias realmente eram notícias", disse. "Verdade que, graças à internet, países se libertaram e pessoas se organizaram. Mas estão borradas as fronteiras do que merece atenção e do que não passa de fofoca."

Discreta, metida em vestidinhos florais e quase sem maquiagem, Daisy não é o tipo de personagem que exclama "indicação ao Oscar", honra que a atriz americana de 48 anos já teve três vezes, por "Conte Comigo" (2000), "Kinsey -- Vamos Falar de Sexo" (2004) e "A Família Savage" (2007).

"É uma energia diferente", disse Laura. "Você precisa confiar que, embora não tenha que fazer muita coisa, é isso que o papel pede. Foi um alívio! Não precisei estar bonita, radiante, articulada. Bastava estar lá."

Bem diferente da Cathy Jamison, sua personagem em "The Big C", uma mescla ousada de comédia e drama sobre um tema complicado: o câncer. Os quatro últimos episódios da série, que a atriz acabou de gravar, com uma hora cada, estreiam na TV americana em maio (ainda não há previsão para o Brasil). "É mais difícil ser atriz na televisão. Há muita gente envolvida e pouca liberdade artística."

 

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